Arena MRV cria “viveiro” com plantio de placas de grama em área lateral do campo de jogo e gera curiosidade da Massa

Você vai ler aqui: entrevista com o engenheiro Cláudio Godoy, World Sports, empresa responsável pelo plantio da grama da Arena MRV, atualizando e tirando as dúvidas sobre o status do gramado e seu desenvolvimento

 

Por: Betinho Marques

Ansiedade, este é o vocábulo que toma conta do torcedor do Atlético para a inauguração do estádio, pelo advento da SAF, pela Copa São Paulo, pelo ingresso e por tudo que diga respeito ao Galo, está na fita de DNA do atleticano ser ansioso.

Diante disso, depois de inúmeros links recebidos e questionamentos sofridos, incluindo o do amigo Paulo “Pretay”, fomos em busca de respostas técnicas dos responsáveis pelo último problema atleticano que foi levantado nos últimos dias – o gramado do estádio está saudável?

– Será que essas mudas não deram certo? Será que este gramado com esta tecnologia não vai vingar, seria mandinga do rival para não brotar rápido?

Respeitando o sono leve do atleticano, fomos atrás do responsável pelo plantio do gramado, o engenheiro Cláudio Godoy, da empresa World Sports, que esclareceu sobre as últimas ações no estádio atleticano.

 

VIVEIRO

FalaGalo – Foram plantadas hoje (13), na Arena MRV, algumas placas nas laterais, a que se deveu a necessidade já que, no início de dezembro o plantio foi pelos sprigs (mudas)?

Engenheiro Cláudio – Boa noite! As placas foram plantadas na fazenda numa área arenosa pra não trazer solo contaminado para o campo, e foram plantadas para criarmos um viveiro de mudas. Essa é uma técnica usada para retirada de plugs de grama que servirão para agilizar a pega. Elas foram plantadas numa área do campo que NÃO é área de jogo para que elas não morram. Estamos viabilizando uma área fora do campo para transplantar as placas e manter o viveiro fora do campo.

 

ESCOLHA E TEMPERATURA BAIXA

FG – Houve alguma demora, algo que tenha prejudicado o crescimento esperado até aqui, algum erro de avaliação?

Engenheiro Cláudio – O fechamento dos spriggs demorou um pouco mais que o esperado por conta do excesso de chuvas e das temperaturas mais baixas. Porém, dada essas circunstâncias de chuva e temperatura fora do normal para o verão, o encaminhamento do gramado está dentro das expectativas.

FG – A técnica utilizada foi a melhor ou algo deu errado na avaliação da tecnologia?

Engenheiro Cláudio – A escolha do plantio em mudas está absolutamente correta. O que aconteceu para a lentidão no fechamento do gramado foram as condições climáticas totalmente fora do padrão para o verão. Esperávamos chuva e calor, mas veio chuva e temperaturas abaixo do normal. O viveiro é uma técnica USUAL, NÃO um CORRETIVO para a Arena. Usamos o viveiro em TODOS os campos que cuidamos.

 

CUSTOS – ALGUMA ALTERAÇÃO?

FG – Algum custo foi alterado ou aumentado em função das variações climáticas e intempéries citadas no item anterior?

Engenheiro Cláudio – A WS assumiu os custos desse problema (excesso de chuvas e baixa temperatura) pois temos um compromisso em entregar o gramado 110%.

 

GARANTIA DA QUALIDADE

Ao fim da entrevista, na sexta-feira, às 21h30, o Engenheiro Cláudio Godoy deixou um recado ao “preocupado” torcedor atleticano:

“Sobre as técnicas, são agronômicas, aplicadas em gramados esportivos dos maiores estádios. Não posso dar detalhes sobre produtos e as suas técnicas, pois elas são dinâmicas. A WS usa as suas e não podemos explicitar as nossas para evitar cópias. O que podemos garantir é que está TUDO sob controle.

De qualquer forma, o que deve ficar claro é que, a grama é um ser vivo, as variações são muitas. O mais importante é que nossa equipe está 110% preparada para entender essas variações e corrigir. A WS tem quase 30 anos de mercado, somos responsáveis pela construção e manutenção das maiores e melhores Arenas e centros de treinamento do país e fora dele. A torcida, o time, o clube, e todos podem ficar tranquilos. O gramado estará 150% pronto pro Galo dar show!”