FG Memória

Por: Dany Camargos
Foto: Pedro Souza

Há quatro anos, diante do olhar atento de milhares de atleticanos, um dos maiores jogadores que já vestiram a camisa alvinegra entrou em campo pela primeira vez como jogador atleticano. Após três meses sem jogar, Hulk estreou pelo Galo jogando contra o Uberlândia no Mineirão, na partida válida pela 4ª rodada do Campeonato Mineiro. Na ocasião, o placar foi digno da grandeza de Hulk, o Atlético venceu por 4 a 0 com assistência do camisa 7.

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Foi de ídolo para ídolo. Aos 35 minutos do segundo tempo, Hulk deu uma assistência para Tardelli, que marcou o 4º gol atleticano. Além da participação na goleada, um outro fator chamou a atenção do mundo da bola: a força do super-herói. Em um jogada no meio-campo, Hulk entrou em uma dividida com o volante Franco, do Uberlândia. Na briga por espaço, Hulk deu um “chega para lá” no jogador. O lance foi o destaque da rodada e animou os entusiastas de futebol para o que o experiente jogador poderia proporcionar ao futebol brasileiro.

Aos 38 anos, Givanildo Vieira da Silva mostra que ainda tem bola (e muita!) para deixar em campo. São 439 gols na carreira, 122 no Galo, segundo informações do clube. Para o camisa 7, 7 títulos no Galo: 4 Campeonatos MIneiros, Brasileirão e Copa do Brasil em 2021 e a Supercopa no ano seguinte. Em 2025, já são 8 gols em 8 jogos, simplesmente um gol por partida disputada.

É clichê falar da idolatria de Hulk no Galo, ele já ocupa o coração da massa atleticana. Com contrato até o final de 2026, a expectativa é de que fique por mais tempo, eternamente se assim ele quiser! Mas por enquanto, resta o privilégio de ver Hulk brilhar, carregando com orgulho e amor o escudo alvinegro no peito. E que privilégio!

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Foto: Pedro Souza
Matéria: Dany Carmagos

O volante Júnior Urso marcou seu primeiro gol pelo Galo logo em sua estreia contra o Boa Esporte, pela 5ª rodada do Campeonato Mineiro de 2016, há 9 anos. No Horto, o Urso cabeceou no canto esquerdo do goleiro Glaycon, após Dodô cobrar escanteio, para marcar o primeiro da goleada de 5 a 1 em cima do time de Ituiutaba.

O jogador comemorou a estreia com vitória, parabenizou a equipe e disse estar com as expectativas altas: “A equipe está de parabéns e temos que manter assim nas próximas partidas porque o ano promete muito”, disse o meio-campista.

A promessa de um bom ano com a camisa atleticana foi o que fez o jogador optar pelo Galo. Ele estava no Shandong Luneng, da China, e foi emprestado ao Atlético para jogar a temporada de 2016. Em sua apresentação, o jogador disse não ter pensado duas vezes quando surgiu a oportunidade de vir para o Galo, já que considerava a equipe atleticana a melhor do Brasil.

Ele ainda disse que acompanhava os jogos do Galo de madrugada na China e se animou com a forma competitiva que a equipe se portava em campo.

Júnior Urso de despediu do Galo no fim da temporada, após ser vendido pelo Shandong Luneng para outro clube chinês, o Guangzhou R&F. Em sua rede social, ele agradeceu pelos momentos que viveu no Atlético e se declarou um torcedor apaixonado pelo Galão.

Durante a temporada em que atuou pelo time mineiro foram 48 jogos, dos quais venceu 20, empatou 16 e perdeu 12 vezes. No nome do volante, foram 7 gols anotados, dos quais ele disse que se lembraria para sempre.

Foto: Pedro Souza
Matéria: Dany Camargos

Sampaoli se despediu do Atlético Mineiro após o fim do Brasileirão de 2020, na partida contra o Palmeiras, no Mineirão. A saída foi anunciada por meio de uma carta enviada pela assessoria do treinador.

No texto, Sampaoli destaca o momento difícil que a humanidade estava passando, ao enfrentar uma pandemia, e que o desafio naquele momento era trazer alegria aos torcedores, que estavam impossibilitados de ir ao estádio. A falta do calor dos torcedores nas arquibancadas foi algo que o técnico argentino se lamenta por não ter vivido:

“Saio com a nostalgia de não poder ter dirigido com o estádio cheio. Sei que nos emocionamos muito. Queria viver os vídeos que tinha visto de uma torcida apoiando sem parar”, lamenta Sampaoli.

Ao final da carta, ele escreveu que o Galo estava destinado a brigar  por grandes coisas e desejou que todos no clube continuassem caminhando tendo o coração como guia.

Sampaoli tinha contrato com o Atlético até o fim de 2021. As negociações já estavam em aberto para uma renovação até 2022, quando a proposta para comandar o Olympique de Marseille, da França, agradou as partes. Pelo lado do Atlético, o valor mensal pago à comissão do treinador argentino pesou na decisão de buscar um novo comando.

No Galo, o técnico argentino chegou a brigar pela liderança do Campeonato Brasileiro de 2020, o qual terminou em terceiro lugar, após tropeçar na fase final. Conquistou o Campeonato Mineiro e deixou o clube após uma renovação de elenco.

Ao todo, foram 45 jogos, 27 vitórias, 8 empates e 10 derrotas, incluindo a última partida contra o Palmeiras, em que Sampaoli não estava à beira de campo, cumprindo suspensão.

Foto: Pedro Souza
Matéria: Dany Camargos

O tempo de espera foi longo, mas em 20 de fevereiro de 2021 Nacho Fernández era anunciado como reforço do Atlético. A contratação do meia-atacante foi confirmada no Twitter do time mineiro e gerou agito nos torcedores atleticanos. A vinda de Nacho para a Cidade do Galo foi considerada como um reforço de peso e o acordo entre as partes foi milionário.

O Atlético dependeu da ajuda de um colegiado composto por conselheiros que emprestaram dinheiro ao clube para conseguir contratar Nacho. Cerca de 6 milhões de dólares (R$34,2 milhões na cotação atual) foram gastos pelo time mineiro para trazer o atleta que estava no River Plate, da Argentina. A vontade do argentino de respirar novos ares contribuiu para sua vinda ao Galo.

Para anunciar a chegada, Nacho enviou um áudio para os sócios do programa Galo na Veia:

“Alô, Massa, quero dizer a vocês que tem mais um Galo na Veia. Já separei minha camisa, e pode contar a todo mundo que o Nacho chegou.”

Chegou, jogou, brilhou e retornou ao River Plate em dezembro de 2022. A justificativa do atleta para deixar o clube mineiro foi a quantidade de partidas e viagens do futebol brasileiro – reclamação constante do jogador durante o tempo em que atuou no Brasil – que o afastaram da família.

Nacho foi de grande importância na conquista dos títulos de 2021 e 2022, sendo um líder dentro de campo. Ele se despediu do clube com 19 gols e 21 assistências em 109 jogos. 

Foto: Pedro Souza
Matéria: Danielly Camargos

Savarino é daqueles jogadores que dão uma nostalgia de lembrar. Rapidamente, somos transportados para uma das épocas mais felizes para o torcedor atleticano: o ano de 2021. Savarino foi uma das estrelas daquele time que nos trouxe outra vez o Campeonato Brasileiro. O atacante foi anunciado em 8 de fevereiro de 2020 e poucos dias depois já estreou com a camisa alvinegra.

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Ao contrário de sua passagem pelo Galo, o jogo de sua estreia não trouxe alegria, apesar de ter atuado bem individualmente. No dia 16 de fevereiro ele entrou em campo pela primeira vez em uma partida contra o Caldense, pelo Campeonato Mineiro. Naquela ocasião, a equipe de Poços de Caldas levou a melhor por 2 a 1, com o primeiro gol de Igor Rabello pelo Galo.

Já o primeiro gol do venezuelano só veio na sua quinta partida pelo Atlético, sua segunda como titular. Ele marcou o segundo gol da vitória do Galo por 3 a 1 em cima do Villa Nova, pela 9º rodada do Campeonato Mineiro de 2020. Na entrada da pequena área, Savarino pegou um rebote e mandou de voleio para dentro do gol.

Em suas redes sociais, ele disse estar feliz pelo primeiro gol e desejou que viessem mais. E veio! O atacante balançou a rede mais 20 vezes, em 99 jogos.

Apesar de uma saída conturbada, sua passagem pelo time mineiro foi vitoriosa. Entre Campeonato Mineiro, Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil, o atacante caiu nas graças da torcida, principalmente pela sua sintonia com o camisa 7, formando a dupla “SavaHulk”.  E aí, torcedor atleticano, sente saudades?

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Foto: Bruno Cantini
Matéria: Danielly Camargos

Os argentinos normalmente costumam se dar bem no Galo, Dátolo, Galván, Lucas Pratto, Zaracho, Ángel Ortíz e Nacho Fernández são exemplos disso. Com o zagueiro Otamendi não foi diferente, ele passou por terras mineiras tipo flash, mas deixou saudades.

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Sua contratação foi um curioso acaso do destino. Contratado pelo Valencia, da Espanha, após o fechamento da janela europeia, ele não pode atuar pelo clube, obrigando o time a emprestá-lo por seis meses.

Na mesma época, o zagueiro Emerson havia sofrido uma grave lesão em que precisava ser operado. Foi como somar dois mais dois é igual a problema resolvido, o Valencia não queria deixar seu jogador parado e o Atlético precisava (depois descobriu que mais que nunca) de um zagueiro que pudesse atuar.

Sua estreia foi no dia 16 de fevereiro de 2014, em um clássico contra o Cruzeiro, pelo Campeonato Mineiro. Logo em sua primeira partida, apesar do empate no Independência, saiu aplaudido pela torcida, segundo reportagens da época. 

Após o clássico, o médico atleticano Rodrigo Lasmar anunciou que o Réver iria passar por uma cirurgia no tornozelo esquerdo, com um tempo de recuperação de dois a três meses. Otamendi se fez mais que necessário, formando a dupla de zaga atleticana com Leonardo Silva.

O Otamito, como foi apelidado pela torcida, não ficou muito tempo. Se despediu do manto atleticano em 18 de maio, na vitória do Atlético sobre o Santos, por 2 a 1. Ele atuou em 19 jogos e marcou 1 gol, contra o América, pelo Estadual.

Na despedida em suas redes sociais, o jogador, que na época disse que gostaria de ficar no Galo se a decisão fosse sua, prometeu que seria um até logo.

Na preparação para as eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018, ele retornou a Cidade do Galo e assumiu que sempre que possível acompanha os jogos do Atlético.

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Foto: Bruno Cantini / Atlético
Matéria: Danielly Camargos

“GALO, obrigado por ter me permitido realizar os principais sonhos da minha vida. Estou indo, mas saibam que levarei todos vocês em meu coração!… Como diz o nosso hino, UMA VEZ ATÉ MORRER!” Foi assim que há cinco anos o ídolo da massa, Luan Madson, se despediu do maior de Minas, rumo ao Japão.

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Seu destino era o V-Varen Nagasaki. Três anos depois, o meio-campista volta ao Brasil para defender as cores do Goiás, em que ficou por três meses. Seu próximo time foi o Mirassol, mas a história por lá foi curta, entrou em campo por  apenas 8 minutos e já rescindiu o contrato. Seu último clube foi o Goiânia.

O Atlético foi o time em que Luan teve maior consistência na carreira. Carinhosamente apelidado de “Menino Maluquinho”, ele chegou ao Atlético em 2013, vindo do Ponte Preta, onde permaneceu por 7 anos. O jogador atuou em 305 partidas pelo time mineiro e marcou 48 gols. Em sua passagem por Minas, foi vencedor: Libertadores em 2013, Copa do Brasil e Recopa em 2014 e três campeonatos mineiros (2013, 2015 e 2017).

Por meio de uma postagem nas redes sociais, destinada a massa do Galo, Luan se despediu do time mineiro, o jogador declarou que levará todos em seu coração. Ele ainda relatou que foi no Atlético que aprendeu a amar um clube e  que seria um maluco atleticano em Nagasaki. Ao fim do texto, o nosso maluquinho colocou uma vírgula na sua história no Galo, não um ponto final:

“Nos vemos em breve…AQUI É GALO PARA SEMPRE!”, escreveu o meio campista.

Como jogador, esse reencontro não aconteceu, mas Luan é um exemplo de que no Galo se entra jogador e sai torcedor. O Menino Maluquinho que tanto nos alegrou segue cumprindo a promessa de ser um “maluco atleticano”, só que dessa vez na arquibancada.

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Foto: Reprodução
Por: Danielly Camargos

Depois de levantar a taça em 1992, o Atlético Mineiro repetiu o feito em 97, após empatar com o Lanús no jogo de volta da final da Copa Conmebol, devido ao saldo de gols do primeiro jogo. Desta vez, a conquista foi de forma invicta, com 5 vitórias e 3 empates ao longo do campeonato.

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O primeiro jogo foi em Buenos Aires, o Galo venceu por 4 a 1 e os argentinos não gostaram do resultado e partiram para a briga. Para o jogo de volta, o medo de uma vingança os dominou e o time adversário foi escoltado pela polícia durante toda a sua estadia em terras mineiras. A temida vingança? Foi na bola!

No Mineirão, o Galo só precisou de um empate para fechar o caixão. Jorginho abriu o placar logo aos 10 minutos do primeiro tempo. O Lanús até tentou buscar a vitória, mas só achou um gol no início dos últimos 45 minutos. Na ocasião, o empate foi sinônimo de taça e o hino atleticano foi o que embalou a madrugada em Minas Gerais na comemoração do bicampeonato da Copa Conmebol.

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