Coluna do Léo Pedrosa

Por: Léo Pedrosa
Foto: Pedro Souza

 

A vida de quem ama o futebol sempre será uma roda gigante de emoções porque somente 1 ganha. Isso já está na cabeça de todos por mais que doa, mas essa viagem para a Argentina me presenteou com muitas perspectivas que alimentaram ainda mais o meu amor pelo futebol.

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Foram mais de 100hs de viagem, um propósito definido, expectativas criadas, mas no fim, além da realização do sonho de cobrir uma final de Libertadores, conheci mais membros da minha família alvinegra.

Eu partilhei emoções. Vi pai e filho (a) se abraçarem, sorrir, chorar… Eu vi alma e vi amor. Falamos sobre tudo, sofremos juntos e voltamos mais fortes. Os telefones alertavam mensagens a quilômetros de distâncias com: “oi amor, como está aí?”, “Oi pai, já chegou?”, “como tá na empresa?”… E por aí vai.

Ali estávamos pais, filhos, netos, avós, irmãos e todos ATLETICANOS. Eles deixaram dias de convívio com quem amam, em troca de horas com pessoas que nunca viram, para viver um sonho. O SER Atleticano passa por isso. E não é diminuindo outras torcidas, porque muitos fazem o mesmo, mas enaltecendo os meus.

Eles não entraram em campo, mas entraram (se é que me entendem). Eles chutaram por baixo, uma bola que não foi por cobertura, fizeram uma falta na linha de fundo que não foi feita. Colocaram um jogador e não tiraram o outro. Marcaram um pênalti que não foi dado. Ficaram horas nas fronteiras, enfrentaram defeito de ônibus, encararam incertezas e no fim de cada bate papo, ainda tinha tempo de amar ainda mais o Galo. Eles viveram o Clube Atlético Mineiro.

Assim como um pai que vê o filho reprovar de ano, mesmo tendo avisado várias vezes o que ele estava fazendo para isso acontecer, eles abraçaram o Galo mais uma vez e já estão “lambendo as feridas” e debatendo soluções. Eles não são os donos do dinheiro, mas alimentam a história desse time por amor.

São dezenas de nomes, entre milhares de apaixonados. Mas como uma pesquisa, eles vencem por amostragem. Eles demonstram o sentimentos de vários milhões. Eles voltam pra casa sem o título de campeão, mas ganharam um irmão de alma, porque NÓS SOMOS “O” CLUBE ATLÉTICO MINEIRO.

Obrigado por me mostrarem que sou mais um dentre tantos, mas como vocês, sou a alma desse time que tanto amamos. E isso, ninguém nos tirará!

Ao ônibus 4 com muito orgulho ✊🏾

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Foto: Pedro Souza
Matéria: Léo Pedrosa

Os olhos estavam lacrimejando, o peito ardendo e a garganta com um nó de quem não sabia explicar o que estava acontecendo. A mente puxava em seus “compartimentos” imagens de vezes passadas que ficaram no quase, e que quase lhe fizeram desistir. Mas quem disse que essa era uma opção? 

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Ao olhar para o lado, você enxergou outros milhares, desde o menor ao maior. Você se desligou, se desconectou da realidade por um segundo e, ao fechar os olhos, lembrou do primeiro dia que entrou no Mineirão e o último degrau de escada te deu uma visão verde abaixo e um mar preto e branco nas arquibancadas. 

Aquele mão que te encaminhava, que te conduzia àquele sonho, talvez não esteja mais aqui, e por isso voltamos ao primeiro parágrafo. Foi aí que você voltou à realidade, abraçado por uma pessoa que nunca viu na sua vida, mas ele compartilhava do mesmo sentimento que você. Era o gol que faltava para o trunfo. 

Era a peça que faltava no quebra-cabeça da história da sua vida como torcedor. O choro enfim sai de vez do seu peito, e sua mente explode com a emoção de gritar “AQUI É GALO PORRA…”… “EU SEMPRE ACREDITEI”. 
Que nada e nem ninguém te tire esse gosto, do gozo de ser Atleticano de corpo e alma. 

Que você acorde com a oração mais sincera, de quem pudera ser o que sempre quis, acreditar como sempre acreditou: “Senhor, afaste de mim os pessimistas, traga, Senhor, os otimistas e que eu seja peça fundamental nessa vitória que entrará para a Glória, das mais diversas histórias que o Senhor ainda há de escrever.” Que meu choro não seja de dor, e que reine em mim o amor, de Te amar, e amar o Galo até morrer”. 

A sua opção é ser Atleticano enquanto muitos não são, é SER e TER a chance de emocionar-se com os joelhos tocando o chão, enxugar as lágrimas e dizer, de peito e alma, que SIM, você é campeão!

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