Em entrevista ao Programa Fala Galo, na última quinta-feira(16), concedida na Rádio da Massa Atleticana, 90.3, Rubens Menin, sócio-fundador da MRV, num papo leve e cheio de conteúdo rico, em primeira mão, com um “uai, sô” anunciou o início da obra da Arena MRV para a próxima semana.
“Uai, sô! Semana que vem começa a terraplenagem lá”.
Antes, porém, foi explorada uma passagem pitoresca dele e seus filhos na Disney, na qual, ao contrário do casal de amigos que os acompanharam em viagem, Menin dividiu um refrigerante para os três filhos, numa partilha solidária do canudinho em vez de comprar um guaraná para cada, como fizeram seus amigos. “Dinheiro é pra gente tomar conta dele, não é pra jogar fora não”. Falou ainda de filantropia, criticou veementemente a CBF e o pouco poder dos clubes, contou a relação da MRV com o Atlético, a participação da torcida, mudança do modelo de gestão do clube e legislação, cobrou que todo gestor atual (presidente) deve trabalhar com orçamento na mão. “Ninguém pode ganhar duas taças e quebrar o clube. Esse tempo já passou”.
Por fim, descartou ser presidente do Atlético, ponderou ser pouco provável que o filho Rafael seja e informou sobre ações de pertencimento da Massa, venda de cadeiras e ainda brincou no Trunfo Atleticano (Jogo de cartas com escolha de potências ano a ano). Venceu a brincadeira ao escolher o número de vitórias do time de 1970 x 1995 (do entrevistador). Uma conversa cheia de “mineirês”, sinceridade e seriedade, mas leve e emblemática. Confiram!
Fome e Filantropia
Na falta de futebol, vi sua retuitada no Fala Galo no anúncio da participação: “Na falta de futebol, vamos resenhar”. Diante do cenário que estamos vivendo, tratando com sobriedade e sensatez, do ponto de vista filantrópico, qual a função que grandes pessoas tem em contribuir com a sociedade que está tão desgastada e que agora está reclusa pensando em dias melhores?
“Betinho, com 64 anos, este é o momento mais difícil que eu já passei na minha vida. Estamos passando por problemas sérios, pessoal menos favorecido está faltando até comida. Tem uma série de movimentos, pessoas mobilizando, fazendo hospital de campanha em Betim, Contagem. Talvez consigamos fazer no Mineirão, precisamos de comida também, principalmente nas regiões mais pobres. Mas o bacana é que a sociedade está mobilizando de um jeito que eu nunca vi, acho que a gente vai sair melhor lá na frente, um país com mais união, as pessoas precisam de gostar mais uma das outras, ser mais fraterno, fazer do limão uma limonada, uma verdadeira nação.”
Falando do Galo – Relação “ganha-ganha”
Você sempre fala que as relações se baseiam num “ganha-ganha”, como esta parceria da MRV com o Atlético se estabelece neste período, de clubes tão deficitários e como ela se sustenta neste momento?
“São duas coisas: a minha parceria com o Atlético como pessoa física – Sou conselheiro do Atlético, gosto do Atlético. No caso do terreno da Arena quem doou fui eu, não a MRV, ela não pode doar um terreno. A MRV faz o marketing esportivo, um verdadeiro ganha-ganha, desde 2002, são 18 anos. Isso é bacana. A empresa ajuda o time e o time ajuda a empresa. Estar no Atlético é uma honra para a MRV, uma marca bonita, que as pessoas gostam. O marketing esportivo é bacana, que por sua vez, o patrocínio ajuda o time a pagar as contas, por isso falo que é um ganha-ganha. O marketing esportivo quando bem feito, de forma organizada é muito bom e dá retorno para todo mundo”.
“A CBF precisa ajudar ou vai matar as galinhas dos ovos de ouro … O cofre da CBF só vai no sentido deles”
No cenário de dificuldade de todos os clubes do Brasil, deficitários, sem reserva, com falta de recursos, você acha importante que a CBF subsidie os clubes e que os clubes cobrem da CBF para que ela ajude neste momento ruim, já que, ela lucra mais do que quem proporciona o espetáculo?
“Betinho, o Atlético dá azar, ano passado se tivesse ganhado a Sul-Americana o orçamento teria fechado certinho. Perdemos a premiação que seria a conta certa. Este ano entramos o ano organizados, diretoria organizando. Não adianta você ganhar dois títulos e depois ficar 10 anos pagando aquela conta, vimos exemplo que é ruim. Bom é ganhar como o Flamengo ganhou. Organizou, ganhou e ainda vai ganhar mais. A gente na hora que estava organizando tudo certinho, coisas de muitos anos, veio esta crise do coronavírus e o time já vai ficar três meses sem receita, aí atrapalhou de novo. Ia fazer contratações, teve que parar. Então é isto! Todos os times do mundo, Real Madrid, Barcelona, Juventus na Europa estão cortando salário porque não tem dinheiro. Esta crise é dura para todo mundo. Ninguém tem reserva, vivem das receitas. Não tem um time que tem reserva para esta crise. A CBF uma entidade tão grande está com muito dinheiro, não está em dificuldade, ela tinha que ajudar, tinha que colocar a mão no bolso e ajudar, pegar um tanto de dinheiro lá! Quem sustenta a CBF são os times, os clubes, ela traz muito pouco para os clubes. Está na hora dela colocar a mão na consciência e ajudar os clubes, e a gente não está vendo isto acontecer. Tem que ajudar porque senão, não vai ficar de pé.”
A forma não deve partir dos clubes de uma forma mais incisiva?
“Os clubes estão fazendo, estão se reunindo, pedindo, mas não é fácil abrir os cofres da CBF. O cofre da CBF só vai no sentido deles. Ela só ganha, só ganha e ganha, precisa voltar um pouquinho, porque matar a galinha dos ovos de ouro não é bom.”
Rubens Menin presidente do GALO?
Uma pergunta recorrente que a torcida sempre faz e menciona nas redes sociais: Rubens Menin tem o desejo em algum momento de ser presidente do Atlético?
“Betinho, eu adoro o Atlético, você sabe disso, mas cada um no seu lugar. Eu acho que o presidente do Atlético tem que ser uma pessoa que conheça futebol muito, senão, não dá certo. Eu não conheço futebol para ser presidente do Atlético, a gente tem que ter esta humildade. Sempre me proponho a ajudar, estou lá sempre, desde com o Ricardo Guimarães, ajudando no que posso, mas futebol não tenho esta pretensão, não conheço futebol para ser bom presidente. Poxa Vida! Presidente do Atlético todo mundo acha uma honra, mas eu não tenho esta pretensão. Quero continuar ajudando sempre, Rafael está como vice-presidente do conselho, sou conselheiro, enfim, reúno com a diretoria muito, converso, troca ideias, ajudo, é o que a gente pode fazer. “Bota” a turma lá que conhece de futebol. Com um bom conselho, boa diretoria, dá certo. Nós demos azar que o time estava começando a engrenar, treinador novo chegando, chance de ganhar o Mineiro boa, aí interrompeu tudo. Vamos ver se volta e se o Atlético engrena este ano para ver, divisões de base melhorando muito, mas infelizmente teve esta crise.”
Você falou que não deseja ser presidente, mas o Rafael, seu filho, tem este desejo?
“O coitado do Rafal trabalha 14 horas por dia lá na MRV. Não tem tempo sobrando (… risos). Não é nem questão de querer, ele não pode. Ele é presidente da empresa, trabalha “pra daná”, não tem tempo. Ele é um fanático, ajuda muito no que ele pode, mas é o que ele pode no momento.”
Torcedor e dívidas com sujeitos indeterminados
“Em vez de contratar jogador, você pega dinheiro para pagar administração passada, isso não é bom”
Do ponto de vista de gestão, o Atlético tem ultimamente evoluído no seus processos. O Galo está mesmo caminhando do ponto de vista administrativo, gerencial e empresarial? Você acha que a participação do torcedor é importante neste momento do clube? O sócio-torcedor deveria participar de uma forma eficaz?
“O torcedor é a vida do time. Agora vai ter o sócio-torcedor que está voltando, depois a nossa Arena. Eu acho que clube de futebol já foi o tempo de ter aquela aventura, de você gastar, ganhar o título e ficar cinco anos pagando a conta, não pode. Esta gestão do Atlético, o pessoal de agora pagou muito dinheiro de conta pra trás, muito dinheiro. Salvo engano, R$80 milhões, muito dinheiro num orçamento de um time. Em vez de contratar jogador, você pega dinheiro para pagar administração passada, isso não é bom. Tenho que ser justo com o Daniel, porque o Daniel pagou conta também, uns R$30 milhões, ele não foi mal. Deu azar, coitado! Podia ter sido campeão brasileiro, da Copa do Brasil, colocou o Atlético em todas as libertadores, ganhou dois títulos mineiro, então fez um trabalho relativamente bom. Poxa! Não dá!”
Insistindo neste tema, o presidente deveria ser remunerado? Até pelo problema do sujeito indeterminado. Fizeram, disseram, deixaram a dívida. Mas aí olhando o ramo disso, o Kalil pagou contas do Ziza e das outras administrações, Daniel pagou algumas que ficaram para ele, Sette Câmara está pagando agora e aí nunca tem um sujeito determinado, aquele que responde por estes problemas que o clube recebe. O conselho deliberativo pela função que tem de deliberar e assinar documentos importantes, precisa ser vivo. Você acha mesmo necessário esta mudança de pensamento, de estatuto, de forma de gerir, de presidente ser remunerado para receber pelas horas que trabalha para o clube?
“É o seguinte: onde deu certo? Na Europa. Na Europa está funcionando. As Ligas dão dinheiro, a Premiere League da Inglaterra dá dinheiro, porque está sendo administrada por profissionais. Mas a legislação brasileira ainda não permite isso. Nós temos que mudar a legislação brasileira, mudar isto. O presidente tem que ter orçamento e não pode endividar o clube. Tem que pensar! Você é atleticano e vai lá contratar 10 jogadores para ganhar o título, ele consegue, tem crédito para isto. Ele pode ganhar o título ou não. Aí chega no outro ano, o cara que entrar, o outro presidente, ou ele mesmo vai estar f###do.A pessoa tem que ter responsabilidade com orçamento. O presidente tem que ter responsabilidade com orçamento. Acabou aquela época que fazia o futebol sem orçamento, não tem jeito. Tem que ter orçamento. O Sérgio está fazendo um trabalho muito bacana no Atlético, corajoso, tá conseguindo colocar a casa em ordem, cortando custos desnecessários. Espero que ele consiga fazer isto e ainda um time bom. Porque pode acontecer, infelizmente, igual ao Cruzeiro. Ganhou um monte de título e quebrou para não se sabe quantos anos e a gente não quer isto para o Atlético.
Oportunidades de contratações no desespero
Agora o futebol entrará no momento de medir o desesperado e o mais desesperado. O presidente Sette falou nas mídias que foi entrevistado recentemente, que não tem como fazer investimento neste momento. Mas vai aparecer o super desesperado querendo vender e o Atlético junto com os parceiros está pronto para aproveitar o desespero ou o Atlético é o mais desesperado de todos os 20 da série A?
“Não! Longe disso! O Atlético é um dos mais preparados. Só que o Atlético junto com os outros times, o Atlético, o Real Madrid, o Barcelona, o Bayern de Munique, o Flamengo têm despesas, perderam receitas nesta crise. Então, enquanto não passar esta crise, precisa entender, ver como é que foi, planejar de novo para fazer investimento ou manter o que está aí. Vamos esperar a crise passar. Acho que ninguém no mundo sabe quando esta crise vai passar, quando vamos abrir os campos para voltar a jogar, então enquanto a gente não souber isto, é difícil, mas o Atlético está bem posicionado, dos três a quatro melhor posicionado em termos de estrutura e organização financeira.Agora, a crise pegou todo mundo, eu não aconselharia a fazer nenhum investimento hoje. Depois que passar, fazer as contas. Aí, talvez seja até melhor, como vai ter muita gente desesperada dá pra fazer investimentos melhores, mais fácil e mais barato.”
CNN
Pergunta do seguidor Márcio Guimarães – Alguma ideia de patrocinar o Galo pela CNN Brasil da qual é um dos fundadores?
“A CNN é uma emissora de TV, ela não patrocina. Não tem jeito. A CNN não patrocina, a Globo não, o SBT não. Quem patrocina é a MRV que tem mais relação.”
Aproveitando a pergunta do ouvinte e seguidor, como você sente o início da CNN que é uma empresa que você está envolvido na fundação, como estão as perspectivas de atuação dela e dos “braços” em Rio e Minas, na região sudeste?
“A CNN entrou no meio dessa crise, está fazendo um serviço de utilidade pública. Então, está fazendo um grande serviço, a audiência está gostando, o retorno da sociedade está muito bom, estou animado, a CNN está fazendo bonito, estou muito animado.”
ARENA X Secretaria do Meio Ambiente
Como foi a relação da Arena no processo de licenciamento com a Secretaria de Meio Ambiente comandada pelo Mário Werneck? Foi boa essa relação, ainda é boa? Muitos questionam se o Meio Ambiente(Secretaria) travou a obra ou foi mais realista que o rei, como foi isso?
“Foi boa. Fizemos tudo. Um processo muito complicado, hoje a legislação ambiental é muito complicada, tanto a municipal quanto a estadual. Um processo enorme que gastou muito tempo, muita energia, mas foi tudo muito certinho, foi muito bom o relacionamento. Mário Werneck é craque, meio ambiente é assim mesmo e tem que ser, assim como os promotores do Ministério Público. Tem que fazer tudo certinho para não ter problema lá na frente. Tem que se fazer com consciência, meio ambiente não pode brincar. Tem que fazer tudo certinho.”
Obra da Arena MRV vai começar
A Obra vai começar ainda em abril?
“Uai, sô! Semana que vem começa a terraplenagem lá.Já começou limpeza, semana que vem a terraplenagem. Nesta crise aí vai dar emprego, bom né?! Estamos ajeitando os detalhes finais, vamos dar a ordem de serviço na segunda-feira para a construção começar. Tranquilo, está tudo certinho. Segunda-feira deve dar a ordem de início e deve demorar uns três a quatro dias para começar. Não tem futebol, mas vai ter o início da Arena.”
A torcida quer acompanhar tudo até concretagem de fundação, vai ter filmagem da obra em tempo real?
“Vai. Agora parou um pouco por causa do coronavírus, mas vai ser tudo certinho, vamos fazer muita ação, vai ser um negócio bacana.”
Cadeiras e maquetes
A torcida pergunta muito sobre a aquisição das cadeiras que é uma coisa importante, já que, vai precisar vender para ajudar neste complemento financeiro, como vai ser? Quando? Já tem os valores?
“Vão ser duas mil cadeiras. Só duas mil. Será mais para a frente, para o fim do ano (2020) que vamos começar a colocar à venda.”
Quase ninguém vai ao jogo sozinho, vai haver uma facilidade de quem adquirir a primeira em adquirir a segunda?
“Vai ter muita coisa bacana, não vou desgastar, mas vai ter muita coisa.”
O torcedor quer participar muito, ter a maquete da Arena MRV, se sentir pertencido dentro do estádio, como vai ser?
“Lá você vai ter um lugar com tudo que é da Arena, camisa, jogador passando lá, vai ser um negócio sensacional. Só atrasou um pouco por causa do Corona Vírus, com venda de maquete, vai ter tudo, vai ser um negócio maravilhoso, você vai ver que bacana.O negócio mais revolucionário do mundo. “
O sonho do atleticano está muito próximo de ser realizado. Em entrevista exclusiva ao Fala Galo, na Rádio da Massa, o fundador da MRV e grande idealizador da Arena MRV, Rubens Menin, trouxe que as obras da Arena começam na próxima semana. Veja o vídeo abaixo.
Colecione, arquive, dê os créditos, se possível! Feito para a MASSA!
Com intuito de interagir de forma pontual e prática, o Fala Galo separou em quatro partes 112 curiosidades sobre a Arena MRV. Escrevemos de forma direta dados interessantes para você guardar com carinho. A seguir, aparte 1 – 28 itens relevantes que o torcedor precisa saber.
Parte 1 – Números Importantes – Curiosidades 1 a 28
Números importantes
1 – Estádio projetado para 46.000 pessoas (com variações). Vale observar que a proposta inicial na aprovação do conselho do Atlético previa uma capacidade para 41.800 torcedores.
2 – Distribuição proporcional aproximada dos setores: cerca de 3000 vagas na área dos camarotes, 16.500 cadeiras no anel inferior e 26.500 no anel superior
3 – Terreno de 130.820,83 m²
4 – Área construída de 176.882 m²
5 – 9 Pavimentos
6 – Tempo de obra – 26 a 30 meses – Após iniciar a terraplenagem
7 – Esplanada com cerca de 19.000 m² + 15.000 m² de áreas de acesso = 34.000 m² no perímetro
8 – 68 Camarotes
9 – 4 lounges
10 – 40 Bares
11 – cerca de 2.400 Vagas de garagem
12 – Dois vestiários na Arena – Atlético é privilegiado – cerca de 560 m² – Campo de aquecimento para últimos testes, arquibancada de 70 lugares para ações de marketing do programa de sócios. O local de preparo do adversário terá aproximadamente 400 m².
13 – A Arena MRV destinará 1,5% da receita líquida para o Instituto Galo que fará ações sociais e de inserção cultural na região
14 – A venda parcial de 50,1% do Diamond para a Multiplan foi finalizada em janeiro de 2020 no valor de R$296,8 milhões
15 – A obra estima-se chegar ao custo de R$540 milhões de acordo com apuração do Fala Galo, distribuídos da seguinte forma: R$410 milhões (orçamento antigo) + R$80 milhões (compensações e intervenções no trânsito) + R$50 milhões (inflação) = aproximadamente R$540 milhões. Variação de R$ 130 milhões acima
16 – Custo obra/ cadeira = 540 Mi / 46.000 = R$11.739,13 custo da construção/cadeira – lembrando que recursos do estádio serão do estádio – SPE – vida separada da rotina do clube.
Observação: O gestores e idealizadores do estádio afirmam que os recursos excedentes da Arena serão obtidos no equipamento e não interferem nos cofres do clube.
17 – O Tempo de naming rights acordado para cessão à MRV é de dez (10) anos por R$60 milhões com possibilidade de renovação após por mais cinco (5) por mais R$30 milhões.
18 – O custo estimado para venda das cadeiras à torcida está previsto num intervalo de valor entre R$25.000,00 e R$30.000,00, segundo apurações com os responsáveis pelo empreendimento. As formas de parcelamento e os valores finais ainda carecem de confirmações em função do mercado e COVID-19
19 – No período de pico (muitas atividades simultâneas) devem ser gerados cerca de 700 empregos gerados pela obra – Dados informados em documentos do processo de licenciamento
20 – A obra deve gerar ainda cerca de 5.800 postos indiretos com o advento do estádio conforme estimativas e documentos do processo de licenciamento
21 – Custo de operação do estádio na concepção (na aprovação da venda pelo Conselho do clube) foi calculada R$1,599 milhão/mês ou R$19,195 milhões/ano
22 – A Projeção de lucro no primeiro ano de operação de acordo com perspectivas iniciais foi calculado em R$27.183.200,00 milhões
23 – A Arena manterá uma reserva particular ecológica com 26.500 m² para a preservação do córrego do Tejuco.
24 – Serão utilizados cerca de 46.000 m³ de concreto pré-moldado in loco;
25 – Estimadas 4.000 Toneladas de estrutura metálica
26 – O contrato com a Multiplan de arrendamento inicial que ia até 2026, foi por acordo contratual, após a conclusão da venda parcial de 50,1% estendido por mais 4 anos até 2030.
27 – O Atlético manterá até 2024 os 15% de faturamento bruto, após acordo, o que garante aos cofres do clube cerca de R$10 milhões anuais. Após este período, o percentual entre 2024 e 2026 cairá para 7,485% até novembro de 2030
28 – O custo do ticket médio calculado na viabilidade do negócio foi de R$43,16 numa projeção feita com base no ticket em 2016 para a aprovação da venda parcial em 2017 pelo Conselho do Galo.
No último programa Fala Galo na Rádio da Massa, dia 9 de abril, conversamos com os arquitetos da Arena MRV, Klauss Oliveira e Bernardo Farkasvölgyi. Na live, detalhes importantes sobre o estádio foram revelados.
“Estamos sempre nos preocupando com o conforto dos torcedores. Além disso, foi observado também a evacuação, que acontece no máximo em oito minutos em casos de emergência”, destaca Klauss.
O arquiteto dá ênfase aos valores da Arena, que irão depender da forma como serão assentados o terreno, o que interfere diretamente no custo da terraplanagem. Oliveira também revelou quantos pavimentos estarão presentes na arena, o que terá em cada um deles e as distâncias máximas entre o campo e a torcida.
Klauss ainda falou sobre a esplanada, que dará acesso a banheiros e bares disponíveis e as distâncias máximas entre o campo e a torcida. Além disso, segundo ele, do campo até a altura máxima do estádio serão aproximadamente 50 metros, o que daria um edifício de 16 andares.
Enquanto isso, Bernardo fala sobre seu começo no projeto, em 2013, e destaca o terreno escolhido. “É fantástico, tem a particularidade de uma mata, caracterizando nossa arena como a única no mundo com um parque dentro dela”.
A entrevista completa está disponível no vídeo abaixo:
Arena MRV já tem empresas contratadas para TERRAPLENAGEM e Fundações, mas aguarda aporte financeiro e desdobramentos do COVID-19 para iniciar as obras.
Após todas as dificuldades para licenciar o projeto do estádio, a Arena MRV enfrenta novos desafios. Com a licença de movimentação de terra liberada desde 16 de março, a expectativa de início quase bateu na data de aniversário do Galo. Porém, o avanço da pandemia pelo COVID-19 foi mais um “banho de água fria” na equipe que estava prestes a iniciar as obras com a terraplenagem.
O surto da doença que atrapalha o funcionamento de empresas, diminui todo o fluxo e rotação de trabalho, inclusive para o aporte financeiro. A Arena ainda não fez o primeiro aporte (primeiro recebimento) do valor da venda parcial do Diamond. Existem pendências na Junta Comercial que estão travando este valor de cair nos “cofres” da Arena.
Desta forma, a equipe trabalha para liberar todos entraves e preparar o início das obras ainda para o mês de abril. Vale destacar que haverá aportes divididos em várias parcelas e estes devem atender aos requisitos estabelecidos em contrato com a Multiplan.
De qualquer forma, nos próximos dias muitas pendências devem ser resolvidas e há otimismo para início ainda em abril.
A equipe gestora do empreendimento se mostra bastante ansiosa e angustiada pelo início, mas segue em trabalho acreditando que tudo se ajeitará muito em breve.
Live do GALO conta como surgiu o sonho da Arena MRV – “Não conheço ex-atleticano, atleticano é tudo doido” – Rubens Menin
A Live contou o início do sonho, falou sobre a expectativa de início, grama sintética, capacidade do empreendimento, naming rights, licenças, possibilidade de aumentar a capacidade após a construção e informalidades de um programa atípico de aniversário em quarentena.
Num formato novo, em função da adaptação para contenção do COVID-19, a Live do Atlético está fazendo transmissões diárias, sempre às 16h. Desta forma, o clube no dia do seu aniversário propiciou um diálogo mais informal entre os principais atores que estão à frente do projeto Arena MRV. A transmissão da TV Galo contou com os convidados: Bruno Muzzi (CEO da Arena), Sérgio Sette Câmara (presidente do Galo), Rubens Menin (fundador da MRV) e Rafael Menin (presidente da MRV).
O objetivo do bate-papo foi elucidar a torcida para as atualizações do processo de licenciamento, além de ponderar algumas questões técnicas sobre o empreendimento. Já no início, Rafael Menin descreveu quando o sonho iniciou.
Começou após o Mundial de 2013
“Começou após o mundial de 2013, voltando de Marrocos, pensamos em como ajudar o Atlético, comparando com outros times, pensamos em exemplos como o Inter pelo número de sócios e pensamos em ter a própria casa para que o Atlético se colocasse como um dos que disputaria sempre nas primeiras posições”
O papo correu de maneira amistosa e com um tom de realidade da vida dos lares. Ao longo da conversa, houve cachorro latindo ao fundo, brincadeiras e até o Rubens Menin comendo bolo ao vivo. Passadas as descontrações algumas ponderações do gestor da Arena, Bruno Muzzi valem destaque:
Estádio projetado para 46.000 espectadores;
Da parte técnica será melhor a utilização da grama sintética – (logo em seguida o presidente Sette Câmara endossou);
A supressão arbórea faz parte da atividade fim e já é parte da obra, mesmo que sem máquinas;
Licença de terraplenagem e contenções – Infelizmente saiu licença na segunda e corona na terça. Estamos aptos para começar. Precisamos só ver também o tempo de mobilização da empresa contratada para a etapa. A expectativa é agora para início na segunda quinzena de abril. Vamos observando a situação de contenção da doença para entrarmos na terraplenagem;
Os cálculos concebidos não permitem aumento da capacidade do estádio após a construção;
Teremos uma cobertura acústica (qualidade de som) que não prejudicará quem estiver fora e melhorará o som para quem está dentro do evento.
Acessos – O acesso para o gramado conta com seis bocas, Mineirão só tem duas. Temos estrutura com banheiros, bares, camarins, cozinhas para artistas, estas coisas diminuem as adaptações para quem quer fazer eventos diversos. Aumenta a eficiência para montagem dos shows para diminuir a montagem de 36h médias para 12h.
Uma obra que entregará muitos benefícios
Muzzi resumiu na entrevista o tamanho do seu desafio: “Faremos a reconstrução de uma nova UBS, três passarelas na região, Centro de Línguas Integradas, Academia da Cidade e muitas coisas boas que serão deixadas pela cidade. Desconsidero na minha vida de engenharia uma obra que tenha contribuído tanto para a cidade como a Arena fará. ”
Naming Rights
O presidente Sérgio Sette Câmara em resposta ao questionamento do repórter Fabio Pinel relatou que o clube colocará cláusulas para as emissoras de tv, para que as mesmas respeitem o naming rights, ou seja, haverá um esforço para que o estádio do Atlético seja conhecido como Arena MRV em todos os lugares através de parceiros e anunciantes, de todo que tenham vínculo com o Galo.
Finalizando a Live, Rubens Menin reafirmou que a Arena propiciará empregos para a cidade e emendou:
“Teremos um estádio com 1/3 do custo em comparação das outras, isto é engenharia. Teremos logística para montar os shows com maior agilidade. Fazer a alegria de milhões de pessoas é o que me move. A filantropia está no meu DNA. Fazer tanta gente atleticana feliz não tem preço”
O sonho do atleticano sempre foi ter a sua “casa”, o seu estádio. O sonho se tornou possível graças ao conselheiro Rubens Menin. Em entrevista à TV Galo, o presidente da MRV, Rafael Menin, falou sobre a ideia inicial de fazer o estádio.
“Começou após o mundial de 2013, voltando de Marrocos, pensamos em como ajudar o Atlético, comparando com outros times, pensamos em exemplos como o Inter pelo número de sócios e pensamos em ter a própria casa para que o Atlético se colocasse como um dos que disputaria sempre nas primeiras posições”, disse o presidente da MRV.
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