‘SAF sem segredos’: Sérgio Coelho e Rubens Menin explicam nova estrutura organizacional do Atlético
Por Hugo Fralodeo
Em mais um episódio do programa ‘SAF do Galo sem segredos’, onde Rubens Menin, investidor do Atlético e Sérgio Coelho, presidente da Associação e líder do Comitê de Futebol do Galo, detalham o funcionamento do modelo em operação no Alvinegro, os membros do conselho gestor explicaram a nova estrutura organizacional do Clube e como a SAF será fiscalizada.
Menin detalha a estrutura do Conselho de Administração e a estrutura do futebol, destacando a grande novidade, a entrada do Comitê de Futebol:
“Tudo começa pelo Conselho de Administração, que tem nove membros, dois dos quais são indicados pela Associação. Depois disso, nós temos duas estruturas separadas, uma da empresa, onde também é indicado um CEO para cuidar dos negócios, dinheiro, pagamentos e operações, e uma estrutura do futebol. Essa é a grande novidade da SAF. A estrutura do futebol é feita a quatro mãos. É feita pela Associação e SAF, através de um comitê, que é gerido pelo Sérgio”.
Líder do comitê, Coelho completa explicando que, a partir do número par de integrantes, no caso de empate em eventual tomada de decisão, o voto determinante será do presidente:
“Nós criamos o comitê com seis membros. Eu sou o presidente deste comitê e tenho o ‘voto de Minerva’”.
Fiscalização
O presidente explica como a SAF será fiscalizada, destacando que isso será feito por uma empresa independente:
“Nós (o comitê) não temos o papel de fiscalizar a SAF. Nós somos sócios. Quem vai fiscalizar a SAF são empresas de auditoria independente. A nossa auditoria está entre as maiores do mundo, então a torcida pode ficar absolutamente tranquila que todas as contas, toda a gestão será auditada por uma auditoria que tem competência para isso”.
Concluindo, Menin ressalta que a nova estrutura organizacional emprega mais responsabilidade aos dirigentes, diferentemente do modelo de Associação:
“No passado, a Associação, se um dirigente fizesse alguma coisa errada, um ato incorreto, ou administrasse mal as finanças do Clube, ele ia embora e nada acontecia com ele. Agora não, qualquer coisa que a gente faça de errado, o nosso CPF está lá, nós seremos responsabilizados. Então nós temos que ter uma visão diferente e uma responsabilidade muito grande. Nós seremos responsáveis por qualquer ato que não esteja de acordo com os padrões, tanto do ponto de vista ético, moral e financeiro”.
Operando como SAF desde o primeiro dia do último mês de novembro, o Atlético vem, com o aporte de cerca de R$ 500 milhões da Galo Holding – que detém 75,3% das ações -, equacionando suas dívidas.
‘SAF sem segredos’: Rubens Menin e Sérgio Coelho falam sobre as dívidas do Atlético
De acordo com o que CEO Bruno Muzzi revelou à imprensa durante a eleição presidencial do Clube no último dia 12 de dezembro, R$ 300 milhões em dívidas bancárias já foram abatidosdesde a conclusão da transição para o modelo de SAF.
No entanto, apesar dessa operação representar um alívio de cerca de R$ 54 milhões em juros anuais, ainda de acordo com Muzzi, resta cerca de R$ 400 milhões em débitos da natureza, maior preocupação da gestão.
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