‘SAF sem segredos’: Rubens Menin e Sérgio Coelho explicam diferenças entre modelo de SAF do Atlético e outros clubes brasileiros
Por Hugo Fralodeo
Em mais um episódio do programa ‘SAF do Galo sem segredos’, onde Rubens Menin, investidor do Atlético e Sérgio Coelho, presidente do Clube, detalham o funcionamento do modelo em operação no Alvinegro, os membros do conselho gestor explicaram as diferenças da SAF do Atlético para o modelo adotado por outros clubes do futebol brasileiro.
Segundo Menin, as principais diferenças são duas, a divisão das porcentagens das ações e o papel da Associação na gestão da SAF:
“Eu boto duas diferenças fundamentais. Primeiro, a Associação Atlético tem a maior participação acionária na SAF (em relação aos outros clubes), de 25%. E, segundo, a Associação tem uma gestão também na SAF. É uma gestão onde a SAF tem os executivos nomeados por ela, mas a Associação também participa, principalmente do futebol”, revelou Menin.
Completando, Sérgio Coelho destaca que toda a dívida do Atlético foi transferida para a SAF, que tem a obrigação de pagamento:
“A SAF foi feita com investidores Atleticanos apaixonados, que moram em Belo Horizonte, que vão ao estádio, que têm amor pelo Clube. Segundo, que a nossa Associação ficou zero com dívida. Todas as dívidas da associação foram transferidas para a SAF. Hoje, a Associação Clube Atlético Mineiro tem zero de dívida”, disse sério Coelho.
O presidente recém-reeleito destaca ainda que, na eventualidade da necessidade de um aporte maior, a Associação não terá seu percentual diluído:
“Outro ponto importante é que os 25% das ações que pertencem ao Galo não serão diluídos. Se houver necessidade de mais aporte de capital para pagar dívida ou fazer investimento no futebol, para o que for, os 25% do Atlético permanecem da mesma forma. A Arena MRV e a Cidade do Galo não podem mudar os seus objetivos. A Cidade do Galo é para o centro de treinamento, a Arena é para futebol em primeiro lugar e, depois, para shows”, completou.
Finalizando, Coelho ressalta que não haverá recuperação judicial no Atlético:
“Importante também é que não haverá recuperação judicial. Nós faremos os pagamentos das dívidas, vamos negociar com os credores, mas tudo sentando e discutindo sem buscar os recursos judiciais”, finalizou.
Operando como SAF desde o primeiro dia do último mês de novembro, o Atlético vem, com o aporte de cerca de R$ 500 milhões da Galo Holding – que detém 75,3% das ações -, equacionando suas dívidas.
De acordo com o que CEO Bruno Muzzi revelou à imprensa durante a eleição presidencial do Clube na última terça-feira (12), R$ 300 milhões em dívidas bancárias já foram abatidos desde a conclusão da transição para o modelo de SAF.
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