Atlético abate R$ 300 milhões em dívidas bancárias com aporte da Galo Holding
Por Hugo Fralodeo
Operando como Sociedade Anônima do Futebol (SAF) desde o último mês de novembro, o Atlético vem, com o aporte da Galo Holding, equacionando suas dívidas.
De acordo com o que CEO Bruno Muzzi revelou à imprensa durante a eleição presidencial do Clube nesta terça-feira (12), R$ 300 milhões em dívidas bancárias já foram abatidos desde a conclusão da transição para o modelo de SAF.
No entanto, apesar dessa operação representar um alívio de cerca de R$ 54 milhões em juros anuais, ainda de acordo com Muzzi, resta cerca de R$ 400 milhões em débitos da natureza, maior preocupação da gestão.
No último dia 1º de novembro, depois de quase quatro meses da aprovação em reunião do Conselho Deliberativo, o Atlético anunciou a conclusão do processo de implementação e venda das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Clube à Galo Holding.
Então, o Atlético recebeu da Galo Holding o aporte de cerca de R$ 500 milhões à vista e R$ 314 milhões em conversão das dívidas com a família Menin e Ricardo Guimarães, em troca de 75,3% de ações da SAF.
Dentro da empresa que passa a gerir o futebol do Atlético, uma nova divisão: 69,7% da GH pertenceram aos 2Rs (Rubens e Rafael Menin), 10,2% a Ricardo Guimarães, 10,9% ao FIP Vorcaro (fundo de investimentos de Daniel Vorcaro, CEO do Banco Master) e os 10,9% restantes ao FIGA, o Fundo de Investimentos do Galo, que será um fundo de torcedores com capacidade de aportar pelo menos R$ 1 milhão, incluindo Renato Salvador, um do 4Rs e vice-presidente do Conselho Deliberativo.
A GH, então, tem um conselho de administração composto por sete cadeiras, quatro indicadas pela família Menin e as outras três sendo preenchidas pela indicação de cada um dos outros sócios: Ricardo Guimarães, FIP Vorcaro e FIGA. Haverá um acordo de acionistas separado para a holding.
No acordo, tendo na conta a recém-inaugurada Arena MRV e a Cidade do Galo, o Clube foi avaliado em exatos R$ 2.042 bilhões, havendo a dívida líquida de R$ 1,742 bilhão (dívida bruta de R$ 1.920 bilhão com a dedução do caixa de R$ 13 milhões e R$ 165 milhões da venda da participação restante no Diamond Mall), números considerados para chegar a valores e porcentagens para Clube e holding.
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