O Atleticano com amor e perdão vai ao Paraíso – Para Fred Melo Paiva e os bloqueados do Twitter da Sonia Abrão

Betinho Marques
11/07/2020 – 15:20
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“Não quero lhe falar meu grande amor das coisas que aprendi nos discos. Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo”. Contar o que se passa no coração atleticano é um mistério, já dizia Dona Ana, uma senhora, agora centenária. Pois é!
Quando passamos pelos riscos últimos de Riascos, ninguém imaginou que tudo podia mudar para melhor, mas um bicudo no azar “bugou” tudo e o mundo mudou. Bem que o Ferreira na final tentou atrapalhar, mas a acomodação das placas tectônicas nos abraçou. Mas de que fala seu texto hoje, meu rapaz? Fala de amor, fala de perdão, fala da balança que pesa a favor de um bem! Mas o que houve? Fala do “9”, quem vem? Por favor!
Sorrir, mesmo com dor, amor! A janela da alma é reflexo da balança, um alento, mas sem sorrir, não “guento”. Em procissão, como a fenda no concreto que quer um pouco de vida, por isso, às vezes fissura e trinca. Uma junta de dilatação, coração! A vida que vive, insiste e persiste mesmo a contragosto.
“Minha luta, meu abrigo, minha causa”. Em busca do paraíso, sem juízo. Esquecido o “nós”, aquele, a primeira palavra do hino. Vazios, no niilismo, se alvejaram em guerra civil, o tal do “fogo amigo”. Foram todos à Missa, mas esqueceram do Cristo. Foram ao jogo, mas pelo “EU” cometeram um crime. Ver um atleticano torcer contra o Atlético, o amor vencido pelo EGO, não contra o vento, desalento.
Mas o que é a vida sem Let It be? O que é viver sem Hakuna Matata? O pão do atleticano é um ingresso, o ingresso para o atleticano é o pão, meu irmão. Então!
Não por nada, mas sim, por tudo! Entendo há tempos que o uso das redes sociais criou formas de cobrar pelo atraso das viagens, pelo mau atendimento nos restaurantes, serviu de uma grande voz às injustiças das lamas que calcularam vidas e deram a elas seu “desvalor”. Enfim, entendo que é necessário gritar ao mundo as dores, mas que não precisamos ser desumanos por discordar. Onde não há debate, há bolhas, há segregação e isto a cachorrada atleticana nunca me ensinou. Cachorro do preto ao branco é xingado, mas volta. Cachorro lambe as feridas. Do preto ao branco, cachorro perdoa, não tem ego.
Gritei na final de 2015 em Varginha: – Freddddd, você é sodaaaa! Depois, vi suas séries, comprei seu livro e me emocionei. Pois é! Mas um belo dia, como faço com todos que gosto, me indignei. Não curti e mantenho a ideia de que o debate é bom, mas discordei da abordagem do grande escritor. A eloquência do atleticano ilustre soou como uma divisão de atleticanos, confesso, não gostei. Tivessem sentados à mesa de bar e a discordância terminaria ali, ao redor de um bom diálogo ar e ninguém se atacaria como um “monstrinho do biscoito”.
Como sempre fiz, não teci comentários chulos, mas fui muito duro na resposta ao tweet do grande FRED. Silenciei a conta dele e fui bloqueado também. Pois bem! Passaram alguns anos e percebi que tinha dois problemas a resolver: Fred Melo e Sonia Abrão. Percebi meu coração aberto, peguei o telefone nessa semana e pensei: vou ligar para o Fred, e assim procedi. Relatei todo o exposto acima, mas ponderei sobre a grande balança: o que importa nesta vida?
Um cara cheio de dons, dores, alegrias, valores, mas que em um momento foi alvejado por minhas palavras (tratávamos sobre Atlético) e que, mesmo mantendo boa parte das ideias me gerou um desprazer: eu alvejei um atleticano, não posso. O que vale no gol? É o abraço em quem estiver perto, trata-se de comunhão. Nunca me perguntaram diante de um gol: “sabe com quem está falando? ” O que respondi ao enorme Fred Melo à época, não gerou o efeito que eu cobrei dele que era de unir, mas refletiu uma dor não nele, mas sim em mim.
Mas aí, a ligação foi tão sublime que o retorno foi assim: “Betinho, você não sabe como eu fiquei feliz agora. Minha esposa saiu de uma operação ontem, está muito bem e você alegrou meu dia ainda mais com esta ligação”. Ele não sabe de nada. Quem ficou extremamente feliz fui eu, que agora sim, cumpri minha ideia e plano de vida que é juntar os bons, debater ideias sempre, sempre e sempre.
Vamos divergir na escalação, nas escolhas, nas formas, mas jamais deixar uma cartilha dirigir o humano que vive em nós. Quem veste preto e branco preenche todo o espectro de luz. Sobre a Sônia Abrão, jornalista séria e renomada me bloquear, um dia eu conto para quem quiser, talvez, no novo estádio do Galo, ao som do hino, juntos, discordando e concordando, mas sempre rindo em comunhão, a favor da balança.
A balança do bem pesou e “as flores de plástico não morrem. ” Parabéns, Fred Melo Paiva! Viva, Francisco! Força, Fabi! O Galo em nós sempre pulsa muito mais!
O ingresso para o atleticano é o pão, meu irmão
Esperança ainda que tardia, o Galo é verbo da melodia
Galo, som, sol e sal é fundamental!