Não tem manchete, não tem ‘clickbait’! É Galo na final da Copa do Brasil, e nada mais!
Por: Hugo Fralodeo
Que alívio lembrar que o Brasileirão vai até o fim na pegada quarta/domingo. Ameniza a Massa da dura missão de esperar para decidir a Copa só no meio de dezembro….
O confronto tava decidido? Até tava; A gente podia passar o carro na frente do boi, dar uma de arrogante e sair dizendo por aí? Óbvio que não! Gente, humildade, seriedade, respeito e cautela nunca são demais. Quando Allan forçou seu terceiro amarelo e Zaracho falhou em sua tentativa, a gente já sentia que o Galo iria a Fortaleza jogar mais leve e solto e tínhamos todo o direito de pensar assim, só não podíamos confundir grande vantagem com “classificadasso”. E quando surgiu a escalação alterada que, além de atrasar uns 3 minutos, derrubou todos nós que tentamos desenhar o provável Atlético, você torceu o nariz para os três zagueiros, eu sei, e não precisa negar, é só entre nós, concordou com Cuca que era a última boa oportunidade para dar uma segurada na turma antes dos 13 jogos decisivos que vêm por aí. Quando se surpreendeu com Alan Franco estampando a arte, procurou a dupla de argentinos no meio-campo, torceu de novo o nariz para os “três volantes” e terminou por dizer: “Tá, não tem Hulk mas vai Diego Costa”.
“Poupar” neste jogo foi uma estratégia com duas valências: além de preservar, é claro, jogadores importantes para a maratona da reta final, outros jogadores entrariam com fome para mostrar serviço. O elenco está aí para ser utilizado, se o jogador chegou até aqui, tem condições de atuar pelo Atlético. E quem não quer jogar uma semifinal de Copa do Brasil? Foram três zagueiros porque sem sem Allan, mesmo que Jair ainda esteja, o time perde em saída e proteção, sem Nacho e Zaracho, com Franco e Tchê Tchê no meio, sim, falta criação. Mas o jogo era direto. O Fortaleza faria valer um dos máximos clichês do futebol, a pressão nos 15, 20 minutos iniciais, enquanto o Atlético tentaria controlar o jogo no olho, forçando manter o Leão longe do gol de Everson, evitando que houvesse a correria e aproveitando o espaço que a pressa do Fortaleza causaria. E a pressa sempre será inimiga da perfeição, pois o Fortaleza tinha pressa, não velocidade, acelerava antes de pensar e dava o que o Galo queria: a chance para cortar, desacelerar e esticar pra Vargas e Diego Costa segurarem a bola na frente ou se lançarem nas costas da última linha. O primeiro tempo foi do jeito que o Atlético queria, afinal, começou vencendo por 4×0.
As entrevistas no intervalo deram a cara da segunda etapa. Enquanto Réver deu a entender que nossa estratégia era bem-sucedida mas não executada à perfeição, Matheus Vargas deixou escapar que a missão do Fortaleza era sair de cabeça erguida. E o belo quarto gol de Diego Costa com o Manto, além de proporcionar uma comemoração maneiríssima, escancarou e tirou da boca do Atleticano o que a gente até pensava mas não dizia: “É, quem vai vir do outro lado?”. Depois foi só seguir o protocolo. Hulk entrou para manter o ritmo – e manteve mesmo -, indo às redes, o Fortaleza foi bravo, o Atlético classificado e, no apito final, o merecido gol de honra do tricolor.
E antes que você me cobre por eu falar que o gol do adversário foi merecido, calma! Merecido não pelo futebol no confronto, muito menos pela grande campanha do Fortaleza no ano, mas uma grande torcida reconhece outra. Parabéns à torcida do Fortaleza por mostrar que o futebol deve ser aproveitado e desfrutado ao máximo. Mas a classificação é nossa!
A decisão é só em dezembro, até lá tem muita água pra passar debaixo da ponte e ainda não somos capazes de prever o futuro. Mas de uma coisa podemos ter certeza: seja qualquer competição, gramado, estádio, adversário, ou quem entre em campo por este Galo, pode até ter falhas, derrotas fazem parte, a gente sabe, só que quando rola o melão, é difícil ganhar da gente, viu….