Galo finaliza diligência e deve convocar Conselho para aprovação da SAF em até 60 dias

Neste texto você lerá um conteúdo com uma fonte do clube sobre: status da SAF do Galo; Base remodelando; Manto da Massa; Allan sai?
Por: Betinho Marques
A dor de cabeça do atleticano passa há um bom tempo pela sustentabilidade do clube e de como a SAF pode ajudar o Galo a se manter competitivo. Diante de tantas dúvidas e necessidades, o FG se mantém em cima do lance para informar da maneira mais clara possível o que se passa neste momento tão vital da instituição.
Em busca dos avanços, o FalaGalo conversou com uma fonte sobre as últimas atualizações no status da Sociedade Anônima de Futebol, além de assuntos gerais do Atlético que, de forma objetiva, explicou:
“Estamos com a diligência concluída (SAF). Temos um plano A bem desenhado, muito bem configurado, no entanto, ainda temos que terminar algumas amarrações e acreditamos que entre duas a três semanas todos os pontos estarão alinhados”.
Além das adaptações de amarração o clube ainda tem o ajuste do estatuto a fazer e isso passa pela governança, outro ponto considerado pelo clube para deixar tudo pronto para a chegada da SAF.
“Depois de ajustar as últimos pontos, precisamos tratar da governança, e é possível que em torno de 45 dias possamos convocar o Conselho para votar a aprovação. Todo o poder do clube estará nas mãos do nosso órgão maior para as devidas apreciações. É possível que, até o fim de maio tenhamos, considerando os prazos de convocação estatutários (15 dias úteis), que a SAF seja votada. A ideia é fazer este movimento ainda no primeiro semestre e achamos muito possível”.
Algumas informações deram conta de que o possível investidor estaria inflexível em aumentar a proposta e que R$ 800 milhões seriam o limite e com CT e Arena dentro do modelo, é isto mesmo?
“Importante que todos saibam que o investidor, nosso plano A, é até aqui extremamente elegante na conduta e não há nada disso, está tudo nesse contexto, não verídico. É claro que se a Arena e o CT entrarem o Atlético terá um aporte muito maior e substancial, de muito dinheiro. Mais ainda, o clube será sócio como em nenhuma outra SAF concebida no Brasil, o Conselho do clube terá voz ativa e os investidores serão parte do negócio. Portanto, esta questão de R$ 800 milhões com tudo dentro, está fora totalmente, de A a Z, é fake”.
Avançando ainda sobre o espinhoso tema da SAF, o FG buscou com esta importante personagem, saber se a informação anterior de que a condição para assinar a parceria seria a quitação das dívidas do clube ainda prevalecia …
“Nossa ideia é pagar as dívidas do clube. Nosso sonho é que, dependendo do formato final, tenhamos toda a dívida paga com a entrada da SAF. Precisamos de um grande aporte inicial, um bom sinal. Pode ser que só o Profut fique para trás, mas ainda precisaremos avaliar, já que, se for possível quitaremos tudo, até em função desses juros altos de 13,75%. Mas é NOSSA condição sine qua non (indispensável) ter um aporte já no início da parceria. Acreditamos que em 2024, com a SAF aprovada e o estádio funcionando – Contando a administração a partir de 2020 com este novo Atlético – que teremos um clube, incrivelmente tendo até, saldo positivo em caixa e com um time altamente competitivo, entre os quatro do país e sem dívidas”.
Importante dizer que, recentemente, foram divulgados os percentuais do possível espectro da SAF do Galo que estaria assim:
Sem CT e Arena – 50% Investidor; 37% Associação Galo; 13% Apoiadores (Família Menin) – valor aproximado na casa de R$ 800 milhões
Com CT e Arena na SAF – Investidor 50%; Associação 42%; (Família Menin) 8% – valor aproximado na casa de R$ 1,8 bilhão
Sobre as dúvidas do torcedor, os fluxos de caixa, a base e o Manto da Massa:
“Importante que saibam que o Atlético está com as melhores empresas avaliando sobre a SAF, estamos muito otimistas, sim. O modelo americano de captar recursos é diferente, mas no caso do Galo, não tem jeito. Não vamos entregar o clube, teremos voz ativa e quem vier irá aportar um bom dinheiro para quitarmos as dívidas, esta é a condição é básica. Sobre o fluxo de caixa e as dificuldades – Ainda bem que há quem ajude neste momento, principalmente num primeiro trimestre com pouquíssimas receitas, por isso, queremos e precisamos da SAF para o clube poder competir.
A nossa base está sendo estruturada, sabemos que ela está abaixo, bem abaixo dos clubes de ponta, não em estrutura, mas em seu aspecto principal que é revelar atletas. Não há como negar isso e nem estou falando de ganhar competições, é sobre ter jogadores no elenco sendo utilizados, estamos abaixo e vamos mudar isso, vamos criar a nossa identidade e isso vai se conectar com o profissional. Teremos que ter jogadores da base jogando no elenco principal, mas calma, sabemos que este processo ainda demora e precisaremos nessa nova estrutura de uns quatro anos.
Sobre o Manto da Massa, Betinho, erramos em tudo, precisamos assumir isso. Fomos relativamente bem nos dois primeiros anos e falhamos muito neste último, por vários motivos. Desde a cadeia produtiva, nos acordos com fornecedores de entrega que não podem demorar tanto e, por fim, por dificuldades financeiras sabidas, deixamos de fazer alguns pagamentos e aí foi um acúmulo geral de erros em um grande sucesso que é este projeto”.
Por fim, o FG ainda indagou sobre a possibilidade de venda de atletas e se Allan poderia sair para o mercado interno
“Todos sabem que precisamos vender e quando isso não ocorre ficamos com a corda no pescoço. Claro, não queremos reforçar adversários, principalmente os nacionais, mas, se ocorrer uma proposta boa, na casa de uns 14 milhões de euros, não dá para recusar. No entanto, achamos difícil chegarem nestas cifras, até agora só houve especulação”