Especialista garante: “esta venda seria muito difícil pelas dívidas tributárias que o clube tem”
Por: Betinho Marques
Em contato com um advogado especialista, que NÃO trabalha ou tem relação profissional com o CAM, e que preferiu não se identificar, o FG aferiu que as dificuldades da negociação partiram dos termos de garantia para cumprir o pagamento de tributos como (Profut) e outros que o Atlético deve na casa de R$ 300 milhões.
“Esta venda seria muito difícil, dada a condição financeira do clube. O shopping garante várias dívidas fiscais que precisariam ter autorização a substituição do imóvel, para não configurar fraude à execução. Quando você tem um patrimônio e uma dívida, não se pode vender facilmente esse patrimônio, há uma ideia de que poderia-se estar fraudando uma execução”.
Em outras palavras, o entendimento dos credores seria de que o clube estaria liquidando um patrimônio sem quitar a dívida e diminuindo a capacidade do credor de receber. Com isso, a Multiplan teve receio de finalizar o negócio, pagar o Atlético e, depois, a transação ter que ser desfeita por irregularidades. Desta forma, o clube teria que devolver o dinheiro à administradora de Shoppings que já teria feito algum pagamento.
Procuramos pessoas do Atlético que confirmam que houve um desgaste da relação nos últimos meses, já que, tudo que a Multiplan pedia o Atlético cumpria, porém, a última foi uma pedida da empresa de uma garantia de R$ 300 milhões e que não houve acordo.
O clube pode retomar o processo com outros interessados, reavaliar os cenários, mas o impacto disso fica nos juros que seguem corroendo as contas do Atlético.