As Vingadoras ainda fazem parte do Atlético?

Por Malu Precioso
Ainda sem treinador(a), as Vingadoras enfrentam a pior fase desde a retomada do projeto, em 2019: são quatro derrotas consecutivas, feito inédito.
Contra o Internacional, apresentaram mais uma vez um futebol pobre, com escolhas questionáveis na titularidade de jogadoras que não estão produzindo tanto quanto esperado. Os dois gols das adversárias foram marcados no 1º tempo, pela volante Djeni.
A treinadora Lindsay Camila foi demitida na 5ª rodada do Brasileirão, ainda em março, após uma vitória contra o Real Brasília. Hoje, na luta contra o rebaixamento, o Galo feminino tem duas vitórias e quatro derrotas sob comando da auxiliar-técnica Vantressa Ferreira.
A história ainda fica mais dramática por terem perdido para adversários diretos na luta contra o Z4, como o Avaí Kindermann e o Bahia. As próximas partidas são fora de casa contra as fortes equipes de Santos e Corinthians.
Com apenas 12 pontos e há quase dois meses sem treinador(a), por enquanto as Vingadoras só dependem delas para não serem rebaixadas para a Série A2, mas o cenário pode mudar em caso de mais uma derrota.
Antes de pedir investimento, que é algo que internacionalmente o futebol feminino carece, precisamos pedir atenção. Atenção para um time que foi abandonado na 5ª rodada de uma competição nacional e até hoje, seis rodadas depois, não recebeu a atenção devida.
Outros times trocaram de comando no meio da competição, estão com outros treinadores a tempo e ainda tem chances de se salvar do rebaixamento. Até quando vão esperar para tomar uma atitude com o Galo Futebol Feminino? Ou as mulheres do Galo não são Atlético suficiente para receber um pouco de atenção de quem deveria olhar por elas?
Precisamos de um treinador(a) e precisamos retomar o caminho das vitórias antes que seja tarde demais. Precisamos que as Vingadoras do Galo sejam tratadas como parte do projeto de sucesso do Clube Atlético Mineiro, porque elas são.
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do portal FalaGalo.*