Ao capitão, com carinho; Parabéns e obriGalo, Réver
Por Hugo Fralodeo
“Antes tarde do que nunca!” Quando o sentimento é sincero, sempre será tempo de saudar quem a gente admira.
Poderia ter sido no dia de sua aposentadoria, mas, por diversos motivos, minha homenagem ao eterno Capitão América vai no dia de seu 39º aniversário.
Por mais que em muitos momentos nossas pequenas falhas se sobreponham aos nossos grandes acertos, eu não me esqueço, capitão, muitos de nós não esqueceremos dos seus feitos com o Manto Alvinegro.
São Victor, óbvio, foi canonizado pela maior defesa da história do Clube e uma das maiores da história da Copa Libertadores. Sem diminuir um milésimo dos méritos do santo, se não fosse o seu gol, com o cruzamento milimétrico do Bruxo, a história seria bem diferente.
Você jogou mal naquela noite, foi expulso no finalzinho do jogo, assim como Léo, quase botou tudo a perder quando trombou com Ricky e o Galo quase levou o segundo dos mexicanos. Lembrar destes momentos, grandiosos, para o bem e para o mal, é manter a nossa história viva.
E teve hat-trick quando a gente brigava contra o rebaixamento, gol antológico de bicicleta, mais outros inúmeros gols decisivos, quase sempre com muita segurança e tranquilidade.
Certa vez, este humilde analista disse: ‘que Rabello, Jemerson, Lemos, Fuchs e companhia aproveitem e absorvam o máximo que puderem de Réver. Só de observá-lo, todos tornariam-se melhores zagueiros’. E outra vez fui além, quando ousei dizer que você era um camisa 10 da zaga, um extinto meia jogando como beque, a classe com a camisa 4.
Porque eu estou falando do zagueiro com mais gols marcados na história do Campeonato Brasileiro (34) e o homem com mais títulos oficiais conquistados pelo Clube Atlético Mineiro: seis Campeonatos Mineiros (2012, 2013 e 2020 a 2023), uma Copa Libertadores (2013), uma Recopa Sulamericana (2014), duas Copas do Brasil (2014 e 2021), um Campeonato Brasileiro (2021), uma Supercopa do Brasil (2022).
Foram 31 gols e 356 partidas a serviço do maior das Gerais, sendo o 17º jogador com mais jogos pelo Clube. O capitão de títulos importantes, de momentos históricos e de tempos ruins, também.
Na sua despedida, homenageado pelo Clube de sua vida e por toda a Massa, você foi saudado, viu um belíssimo bandeirão na arquibancada, máscaras com seu rosto, camisas e patch especiais, bandeirinha de escanteio temática, teve mosaico 3D, show de luzes, familiares presentes, emoção… não faltou nada.
Até nisso você precisa servir de exemplo. Que o Atlético e nós continuemos valorizando e homenageando quem importa é nossos ídolos enquanto é tempo. Que a Arena MRV receba um ‘Lendas do Galo’ por ano.
Que você tenha sucesso do “outro lado da bancada”. Viva Réver, viva o Capitão América. Parabéns, ídolo! ObriGalo! Por tudo!
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, o pensamento do portal Fala Galo.