Rubens tenta responder por que o Atlético de Felipão não consegue vencer clássicos

Por Hugo Fralodeo
27 fev 2024 13h15
Apesar de estar praticamente garantido na semifinais do Campeonato Mineiro, cumprindo o primeiro objetivo traçado para a temporada, 2024 não tem sido muito positivo para o Atlético de Felipão dentro de campo.
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Com um desempenho aquém do esperado, o Alvinegro acumula três vitórias, dois empates e duas derrotas, com 11 gols marcados e seis sofridos nos sete jogos disputados até aqui. Entre os empates e as derrotas, dois clássicos, que são um problema crônico na ‘era Felipão’.
Desde que assumiu o comando do Atlético, em junho de 2023, Felipão enfrentou América e Cruzeiro em cinco ocasiões, não saindo vencedor em nenhuma delas. São duas derrotas para o Cruzeiro e três empates com o Coelho, o último no sábado passado, no Independência, quando Rubens salvou o Galo da derrota no último minuto de partida.
Quem tenta explicar por que o time de Scolari não consegue vencer os dois maiores rivais de Belo Horizonte é o próprio autor do tento salvador, que concedeu entrevista coletiva após o treino da manhã desta terça-feira (27).
Rubens revela que não se sabe o motivo pelo péssimo desempenho em clássicos. O prata da casa, porém, acredita que isso é algo inadmissível, mas confia que ele e seus companheiros podem e devem reverter o cenário, uma vez que, muito provavelmente, voltarão a enfrentar um, ou até mesmo os dois rivais, nas fases finais do Campeonato Mineiro:
“O motivo, a gente não sabe. O jogo é jogado, independente do adversário ser inferior à gente. Clássico, todo mundo quer ganhar, independente de onde esteja. A gente costuma dizer que clássico não se perde, mas, infelizmente, a gente vem numa sequência não tão boa”.

“A gente espera dar a volta por cima nisso, porque, como os torcedores ficam tristes com isso, a gente também fica. É a nossa vida. A gente perde um clássico e fica muito mal. Até pelo elenco que a gente tem, com jogadores de Seleção Brasileira, não podemos estar passando por isso. É inadmissível. Sabemos que somos um dos clubes do Brasil favoritos a muita coisa. A gente tem que virar essa página, porque isso não pode voltar a acontecer, creio que não vai. A gente vai consertar isso já para as fases finais do Mineiro”.
Outro ponto levantado é a dificuldade que o Atlético se vê quando precisa enfrentar adversários mais fechados, algo que foi destacado por Scolari após o confronto diante do Coelho. Rubens comenta a situação e diz qual a influência do jogo do adversário nos planos do Alvinegro:
“O nosso time gosta de ficar com a bola e jogar. Tem adversários que se trancam muito e, às vezes, é mais fácil jogar contra adversários que são de qualidade melhor do que contra os inferiores, porque eles não saem para jogar, eles ficam esperando o contra-ataque. Isso acaba prendendo um pouco o nosso jogo. A nossa maior qualidade é trabalhar a bola por dentro, acaba complicando nossa principal característica. Os caras também têm jogadores bons. Estão abaixo, mas são profissionais e sabem o que fazer”.
Concluindo, o prata da casa tenta justificar o fato de o Atlético ainda não ter conseguido se apresentar como na reta final da temporada passada, quando o time arrancou até a terceira posição da tabela de classificação do Campeonato Mineiro:
“Não sei se isso pode ser o fator principal, mas teve a parada. Ficamos bastante tempo sem jogar e isso pode ter interferido um pouco. O Scarpa chegou agora, pode ainda não ter se encaixado na nossa maneira de jogar, que é um pouco diferente. Isso é questão de pré-temporada e vai mudar, porque nosso time teria muita qualidade para começar o ano da mesma maneira que terminou”.
Por conta do regulamento do Estadual e a configuração que a tabela de classificação apresenta para a última rodada da fase de classificação, confirmando a vaga nas semifinais, o Atlético não poderá estar no caminho do já classificado Tombense.
Desta forma, o Alvinegro terá pela frente na próxima fase Cruzeiro ou, como mais provável, o América. Como o Atlético não tem pontuação suficiente para terminar com campanha melhor que os adversários, jogará em desvantagem e terá, necessariamente, que vencer ao menos uma das duas partidas.
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