Grupo The Football é o favorito, tem proposta na mesa, agrada e pode ser o controlador da SAF do Atlético
Você vai ler no texto – O nome do favorito; saber sobre a proposta; as condições atuais da modelagem; o futuro e como o Galo pode pagar as contas; as possibilidades de aportes da SAF.
Por: Betinho Marques
Sabidamente, a SAF do Galo, tem avançando sistematicamente para um desfecho. Neste momento, o clube tem três grupos mais engajados no processo, mas até aqui o nome do principal favorito não era sabido.
Recentemente, a Fenway e até mesmo o investidor do PSG foram suscitados, mas tudo não passou de um amor platônico, ou seja, não correspondido. Ainda pela noite da quinta-feira (26), em apuração do jornalista Luiz Felipe Costa, do Portal Deus me Dibre, um nome real surgiu pela primeira vez, o The Football Co, liderado por Peter Grieve.
Grieve comprou um time de futebol no Zimbábue em 2009, o Bantu Robers e o comandou até 2017. Durante o período, o clube africano disputou a primeira divisão por quatro temporadas e sua melhor posição foi o 9º lugar.
Proposta na mesa
De acordo com o apurado pelo FG, o The Football Co já colocou uma proposta na mesa e em muito agrada o Atlético. Apesar disso, o processo de modelagem segue e o Galo ainda está aberto a novas propostas, podendo haver mudanças de cenário.
As condições e modelagens
Conforme publicado no último de semana pela Itatiaia, através dos jornalistas Henrique André e Cláudio Rezende e confirmados pelo FG, os valores da SAF do Galo girariam na casa de R$ 1 bilhão no seu primeiro instante.
Na modelagem, o Atlético teria como perspectiva:
1 – Entre 50 e 60% para o controlador por cerca de R$ 850 milhões.
2 – Cerca de 10% para os apoiadores converterem os créditos dos aportes (empréstimos) em ações, integralizando cerca de R$ 150 milhões.
3 – Entre 30 e 40% seriam mantidos na Associação, excluindo no primeiro momento o CT do Galo e a Arena MRV.
Como seria o futuro e o pagamento das contas
De maneira apenas didática, com números arredondados e até grosseiros, umas das possibilidades do clube é:
1 – Abater, com o dinheiro do Shopping Diamond Mall, R$ 400 milhões em dívidas onerosas (bancos e instituições financeiras) do total do passivo, que gira na casa de R$ 1,4 bilhão.
2 – A partir daí, a dívida do Galo seria de cerca de R$ 1 bilhão, distribuída em:
a) R$ 300 milhões de tributos que estão equacionados e não devem ser pagos antecipadamente, já que, os juros são baixos.
b) R$ 200 milhões restantes de dívidas onerosas (bancos e instituições financeiras).
c) R$ 500 milhões referentes a outras dívidas: aquisição de atletas, dívidas com agentes e débitos residuais diversos.
Considerando o exposto, o Atlético provavelmente não pagaria antecipadamente os tributos, letra a do item, mas quitaria as letras b e c, ou seja, pagaria o restante das dívidas onerosas não compreendidas pelo Shopping e liquidaria também dívidas de atletas, agentes e outras dívidas.
Possibilidades de aporte da SAF no futebol
Considerando que a SAF seria vendida por R$ 1 bilhão, recapitulemos a ideia:
– R$ 150 milhões seriam, possivelmente, em créditos convertidos em ações para os apoiadores do clube (os R’s);
– R$ 850 milhões seriam aportados pelo controlador, ou seja, a conta para o que sobra para o futebol começaria aqui.
Mas, se na dívida restante, que será paga na concepção da SAF, que é o modelo desejado pelos gestores atuais, mais ou menos, a conta ficaria:
1. Controlador = R$ 850 milhões.
2. Dívida para pagar no ato = cerca de R$ 700 milhões.
3. Saldo inicial para investir no futebol = R$ 150 milhões – É necessário saber quanto desse valor seria aportado por temporada e quando haveria novos aportes ou se dariam novos investimentos.
Conforme amplamente informado pelo FalaGalo, a possibilidade de avanço da SAF aumenta a cada dia. Contudo, o término do Brasileirão e o advento da Copa do Mundo interferem na apreciação do assunto diante das prioridades e escassez de datas. O nome do fundo investidor vencedor deverá ser definido ainda este ano, mas a apreciação do Conselho pode acontecer no início de 2023. O The Football Co está na frente, agrada, mas as possibilidades ainda não esgotaram.
Observação: os números sobre as dívidas do Atlético, para entendimento, foram arredondados didaticamente. Mais que isso, sem conhecimento dos documentos financeiros atuais e suas evoluções, a análise e os números expostos no texto são composições de pesquisas que podem ter imprecisões, mas servem de balizamento sobre o destino do clube e como se pensa a destinação atual de recursos da SAF Galo.
Observação 2: não há verdade consolidada ou absoluta no processo, há muitas possibilidades e informações que estão sendo trocadas. Portanto, o próximo conteúdo do FalaGalo pode acrescentar ou descartar situações, seguindo o fluxo evolutivo da Sociedade Anônima do Futebol que o Atlético não fechou, muito menos esgotou.