Fonte afirma: “Textor comprovou capacidade financeira desde o início, inclusive na pessoa física, Grieve não”
Neste texto você vai ler: um relato de uma fonte importantíssima da SAF Botafogo, mas que por razões óbvias, não pode se identificar. Os relatos ao FG dizem os motivos de terem escolhido John Textor a Peter Grieve e sobre o modelo que recusou o The Football.
Por: Betinho Marques
Em função das várias dúvidas sobre as poucas informações sobre Peter Grieve, o provável controlador da SAF do Atlético, responsável pelo “The Football Co”, o Fala Galo iniciou uma busca para elucidar o torcedor e dar mais condições de avaliações sobre os personagens que possivelmente possam vir a administrar a Sociedade Anônima do Futebol do Galo.
Neste primeiro material (não deve ser o único), falamos com um personagem muito importante da construção da SAF do Botafogo, mas que por motivos óbvios não pode ser identificado no conteúdo. Segundo esta fonte, a proposta do Botafogo e a prospecção feita pela XP definiu o valuation (valor da marca) do Botafogo da seguinte maneira:
- R$ 400 milhões de aporte no time escalonados em três anos – inclusive há um aporte previsto para março de 2023 no time da estrela solitária;
- R$ 900 milhões para pagamentos das dívidas;
- Total de R$ 1,3 bilhão;
“Este é o valor de contrato, mas é preciso dizer que toda torcida quer comparar, mas os contratos de SAF são incomparáveis, há inúmeras pegadinhas nestes negócios a menos que você entre nos detalhes do contrato, tem situações atreladas às receitas futuras, com mais prazo para pagar ou se atingir meta esportiva ou outra. No caso do Botafogo, ela é a lei fria do contrato: R$ 400 milhões de investimentos na SAF mais assunção de dívida de R$ 900 milhões, R$ 1,3 bilhão é o que está no contrato”.
Com este conceito definido houve duas propostas: John Textor e Peter Grieve.
“Na hora que foi definido o modelo que ia para o conselho, foi feito o levantamento da capacidade financeira de cada um. Não houve relação ou problema com idoneidade, nada disso. A questão foi que o Textor provou desde o início (dezembro de 2021) capacidade financeira, inclusive no CPF. O Peter Grieve queria uma exclusividade para captar este dinheiro fora e aportar, isso não era permitido no modelo do Botafogo. Junto com a XP foi levantado o histórico, uma espécie de ‘capivara’ investigando as empresas e seus responsáveis. Além disso, pesava contra o The Football a pouca experiência, o John já tinha dinheiro e lastro na Premier League (Crystal Palace). Uma decisão dessa muda tudo, a lei da Sociedade Anônima permite falência e aumento do endividamento, inclusive solidário, tínhamos que ter segurança”.
Ao fim do diálogo, outra ponderação da fonte foi sobre o formato de gestão da SAF e sobre a LEI da SAF:
“Hoje entendo que além da capacidade financeira de quem aporta, mais ou tão relevante é a gestão do “Conselho de Administração” que será criado. Se este órgão não tiver voz ativa e fiscalizar o acionista majoritário escolhido, a SAF pode ser endividada ou até falir. Mais ainda, se a “Associação” não agir de forma real, o clube pode responder solidariamente sobre ações do maior acionista. A lei (da SAF) é muito boa, mas não pode perder a credibilidade, ela precisa aperfeiçoar, não pode ser perdida, isso será muito ruim para o futebol brasileiro se ajustar, este não é o caminho”.
Ficha básica do Peter Grieve – Proprietário do The Football Co, foi fuzileiro naval, trabalhou no Goldman Sachs (banco de investimentos fundado em Nova York em 1869), comprou o Bantu Rovers do Zimbábue em 2009 (ano da sua melhor colocação, ficando em 9º) e em 2017 o clube foi rebaixado, mesmo ano que deixou o time. De 2017 a 2019 esteve no controle do Europa Point em Gibraltar, obteve como melhor colocação o 10º lugar na única temporada que o time estava na primeira divisão. Em 2021, tentou comprar o Botafogo, mas não conseguiu vencer a concorrência com John Textor, principalmente por não ter sido aprovado pelo Glorioso no seu modelo financeiro – por não comprovar capacidade de aporte naquela ocasião, dados elucidados no texto acima.
Importante: o FalaGalo entende o processo de confidencialidade de informações do processo e seguirá abrindo espaço a todos que possam elucidar este processo de SAF do Atlético. Todos que tenham algo a contribuir serão procurados e ou terão espaço aberto para este momento mais que relevante da vida do Galo. Faremos a função de pesquisa até o fim do processo para que a utilidade pública ao atleticano venha sempre de maneira fiel aos relatos. Canal aberto e democrático sempre! O Atlético em primeiro lugar.