Pois é… venceu quem fez mais gols
Noite de reencontros, desfalques, bons jogadores, dois times em bom momento, promessa de ofensividade, adicione a isso o embate entre Sampaoli e Cuca, dois treinadores intenso, temos todos os ingredientes de um bom jogo. E nos primeiros 15 minutos, foi o que se viu.
Com Mariano voltando à direita, ficou nítida a preocupação de Sampaoli com o momento defensivo. Até aqui, o lateral mais experiente, tem mostrado mais firmeza na compactação que Guga. Meio-campo mantido, com as conhecidas missões de saída, dinâmica e chegada para apoio a um ataque mais posicional, desta vez. Savarino e Marrony se juntaram a Sasha, numa tentativa clara de atacar a desfalcada defesa santista. Nos primeiros momentos, Savarino buscava um pouco mais o meio, para que o bloco de ataque encurralasse o Santos e, aproveitando de passes, lançamentos e cruzamentos, criasse as jogadas, cumprindo a promessa de atacar para não ser atacado. E no começo foi assim, o Galo se impunha, criava, finalizava, mas, tendo em mente a sistemática falha na finalização, ainda combinada com um boa noite do goleiro adversário, o Atlético, mais uma vez, via suas chances se perderem.
Uma sucessão de erros, levou ao gol do Santos. O Galo, mesmo com um a menos e atrás do placar, não se acovardou e tentou manter o pique. Novas chances foram criadas e, com Sasha, que era o homem que abria espaços, encontrou Franco numa boa chegada, que empatou. A partir daí o Galo buscaria a virada, mas, uma nova investida santista, que ousou avançar um pouco mais a marcação, o jogador mais efetivo do campeonato, até aqui, botou o peixe novamente na frente.
No segundo tempo, um jogo mais franco. Aproveitando do desgaste do Galo, o peixe manteve suas linhas altas e o Atlético, agora com Keno e Marquinhos abertos, voltou a sofrer de seu maior mal nas últimas partidas, a pobreza na tomada de decisões. O Galo peca no passe e na finalização e deixa espaço para os adversários definirem, assim o Santos chegou ao terceiro gol.
Derrotas são duras de digerir, erros difíceis de aceitar. De lição, desta vez não pontos, mas observações: O Atlético conseguir manter um padrão e agredir um adversário fora de casa, com um jogador a menos por 75 minutos, é a prova de que o trabalho é promissor; O campeonato é longo, estamos sujeitos a falhas, erros e acertos; Sampaoli continuará acordado pensando à frente, corrigindo o que está errado e aprimorando o que é bem feito. Ganha quem faz mais gols, o objetivo do futebol, e a finalização é o único modo para fazê-los.