Coudet critica gramado, explica escolha por Ademir e avalia empate como bom resultado para decidir em casa

Por: Hugo Fralodeo
A primeira noite de Copa do Galo em 2023 não foi nada perto do que a Massa esperava. Depois de um jogo fraco, o Atlético não conseguiu vazar a defesa do Carabobo e deixa a Venezuela zerado e com um empate, trazendo a decisão para Belo Horizonte, na próxima quarta-feira (1/3).
Na coletiva pós-jogo, o comandante Eduardo Coudet avaliou o resultado como bom, haja vista que a parada será definida no Mineirão, com o apoio da Massa. Porém, o comandante reclamou muito do gramado do estádio em Caracas e tentou explicar o que não deu certo na partida.
Chacho cita a lentidão na troca de passes no primeiro tempo e o campo ruim como determinantes para o empate:
“No primeiro tempo foi muito lenta a troca de passes e faltou poder atacar os espaços. O campo permitia pouco o jogo, mas era para os dois. Tínhamos que nos movimentar muito mais rápido. O segundo tempo foi assim, melhoramos e geramos muitas situações. Mas a Libertadores é assim, partidas muito difíceis. Gostei mais do segundo tempo, mas não pudemos fazer muitas coisas, o campo não permitiu. Tivemos determinação para tentar buscar até o final. Termina um resultado para decidirmos em casa”.
Com diversos desfalques, sobretudo no setor ofensivo, sem poder contar com Pavón, Vargas, Alan Kardec e o artilheiro Hulk, entre Ademir e Sasha, Coudet escolheu o Fumacinha para começar o jogo e formar dupla com Paulinho. De acordo com o treinador argentino, Ademir esteve no 11 inicial para ter um atacante que pudesse mudar o jogo no banco. Ele ilustra com a atuação fechada do adversário:
“Todos os times do mundo têm dificuldades com times fechados com dez homens atrás da bola, é difícil. Não queria começar com os dois atacantes mais característicos como Sasha e Paulinho, porque eu tinha só os dois, não teríamos como trocar para buscar o resultado”.
Chacho insiste nas dificuldades do campo e da longa viagem que a delegação passou, mas garante a melhora do time para o jogo da volta:
“Sempre falo, não é desculpa, temos que ser protagonistas, mas, a dificuldade do campo a quem favorece? A quem quer destruir ou a quem quer construir? Tivemos muitas finalizações, 15 ou 16 finalizações como visitantes na Libertadores, em um campo muito ruim. Podemos melhorar sempre. Mas sempre é difícil jogar fora na Libertadores. Tivemos 20 horas de viagem e o início custou também por isso. Mas vamos melhorar e fazer um grande jogo em casa com a nossa torcida”.
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Tudo será decidido na quarta-feira da semana que vem, no dia 1º de março, também às 21h30, desta vez com o apoio da Massa, no Mineirão. Uma vitória simples leva o Galo à próxima fase. Caso haja novo empate, decisão nos pênaltis. Antes disso, o Galo faz clássico com o América, no sábado (25), às 16h30, também no Gigante da Pampulha, em partida válida pela sétima rodada do Campeonato Mineiro.
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Foto: Pedro Souza/Atlético