CADE dá aval para conclusão da SAF do Atlético
Por Hugo Fralodeo
Depois de quase três meses da aprovação em reunião do Conselho Deliberativo, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) deu o aval para a conclusão do processo de implementação e venda das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Atlético à Galo Holding.
Já no final da tarde desta terça-feira (10), o órgão publicou a certidão de trânsito em julgado, concluindo e arquivando o processo sem restrições.
A partir de agora, portanto, a conclusão da operação depende apenas de detalhes burocráticos, que devem ser ajustados até o próximo més de novembro, quando é previsto que o Atlético receba da Galo Holding o aporte de R$ 913 milhões (R$ 613 milhões R$ à vista e R$ 314 milhões em conversão de dívidas) em troca de 75,3% de ações da SAF.
A Galo Holding
Dentro da empresa que passa a gerir o futebol do Atlético, uma nova divisão: 69,7% da GH pertenceram aos 2Rs (Rubens e Rafael Menin), 10,2% a Ricardo Guimarães, 10,9% ao FIP Vorcaro (fundo de investimentos de Daniel Vorcaro, CEO do Banco Master) e os 10,9% restantes ao FIGA, o Fundo de Investimentos do Galo, que será um fundo de torcedores com capacidade de aportar pelo menos R$ 1 milhão, incluindo Renato Salvador, um do 4Rs e vice-presidente do Conselho Deliberativo.
A GH, então, terá um conselho de administração composto por sete cadeiras, quatro indicadas pela família Menin e as outras três sendo preenchidas pela indicação de cada um dos outros sócios: Ricardo Guimarães, FIP Vorcaro e FIGA. Haverá um acordo de acionistas separado para a holding.
No acordo, tendo na conta a recém-inaugurada Arena MRV e a Cidade do Galo, o Clube foi avaliado em exatos R$ 2.042 bilhões, havendo a dívida líquida de R$ 1,742 bilhão (dívida bruta de R$ 1.920 bilhão com a dedução do caixa de R$ 13 milhões e R$ 165 milhões da venda da participação restante no Diamond Mall), números considerados para chegar a valores e porcentagens para Clube e holding.