Já são cinco e Deus nos livre da sexta

Por Malu Precioso
Mais uma vez, agora pela quinta consecutiva e oitava no total, as Vingadoras são derrotadas no Brasileirão Feminino.
Numa arbitragem polêmica – o que infelizmente é absurdamente comum no futebol feminino -, Yaya e Cris marcam para as Sereias da Vila e deixam as Vingadoras no Z4. Sim, a tão temida zona de rebaixamento agora é realidade e o Atlético não depende mais apenas de si para se livrar do descenso.
Apenas dois times tem mais derrotas que o Galo: o Ceará, que teve o time feminino desmontado completamente após a queda do time masculino e não conseguiu manter o bom desempenho que o fez conquistar a Série A2 e o Real Ariquemes, time do interior de Rondônia, que não conta com a ajuda de uma “camisa pesada” no masculino para ter orçamento.
Com todo respeito ao trabalho incrível e a resiliência enorme que as atletas e comissão de Ceará e Real Ariquemes estão desempenhando, é inadmissível para o Atlético ter um desempenho comparável com estes dois, já que a realidade é bem mais agradável: o time masculino está na Primeira Divisão, disputa Libertadores e tem uma das camisas mais pesadas do futebol nacional. Existe sim investimento, só não está sendo bem utilizado.
A pergunta que fica é: e agora? Além de precisar vencer desesperadamente, é necessário que outros times percam para sair da zona de rebaixamento. As próximas adversárias? Nada mais nada menos que as líderes do campeonato, o Corinthians de Gabi Zanotti, Tamires, Tarciane e tantas outras selecionáveis, jogando fora de casa, em São Paulo.
É impossível? Para o Atlético não existe essa palavra. Mas é necessário muito trabalho para se recuperar de uma situação tão adversa. É necessário que a técnica Vantressa Ferreira repense na montagem do time. É necessário que Carol Melo busque uma solução para levantar um time cinco vezes consecutivas derrotado. É necessário que Fred Couto refaça os planos para o futebol feminino e comece a agir de acordo com o tamanho do Atlético. Tudo precisa mudar, começando pela mentalidade dos gestores.
O Galo é gigante e precisa acordar.
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