Milito classifica empate doloroso na estreia, mas projeta seu Atlético jogando como no primeiro tempo do clássico
Por Hugo Fralodeo
30 mar 2024 20:29
Frustrante no final, mas com uma boa impressão inicial. Assim pode ser resumida a estreia de Gabriel Milito no comando técnico do Atlético, no clássico que abriu a decisão do Campeonato Mineiro, na Arena MRV, que bateu seu recorde de público.
🐔 Com recorde de público, Arena MRV ultrapassa a marca de meio milhão de torcedores
Após um primeiro tempo avassalador, onde, com gols de Bruno Fuchs e Hulk, o Alvinegro abriu 2 a 0, o time vacilou na segunda etapa e cedeu o empate, seguindo sem vencer clássicos em casa.
Em sua primeira entrevista coletiva pós-jogo, o Mariscal disse sentir dor pelo empate com sabor de derrota, mas projetou seu Galo jogando a todo tempo como conseguiu se apresentar na primeira etapa.
Em dois tempos distintos, o treinador acredita que o Atlético teve um início muito favorável, mas desanimou após sofrer o primeiro gol, o que deu ânimo ao rival. Contente com a apresentação da primeira parcial, o argentino acredita que a equipe pode render dessa forma sob seu comando e que é possível tirar conclusões positivas e negativas de seu debute:
“O primeiro tempo foi muito favorável para nós, onde podemos converter dois gols e tivemos a oportunidade de fazer mais um, seria o 3 a 1. Dominamos e não os deixamos jogar cômodos. Tivemos critério com a bola, aproveitamos”.
“No segundo tempo, o plano de jogo era muito parecido com o princípio. Creio que o 2 a 1 deu muito ânimo a eles. Praticamente até esse momento, o rival não tinha criado nenhuma chance. Isso, junto à dinâmica e o ritmo que os jogadores tiveram, sentimos que fomos perdendo a intensidade que tivemos no primeiro tempo, por isso as modificações, para encontrar um maior frescor no campo, tentar fechar com o 2 a 1 e ganhar a partida. De nenhuma maneira imaginávamos que fariam o 2 a 2 na última bola. Mas estou muito contente. Não estou contente com o resultado, mas estou contente com o que vi no primeiro tempo. Vamos ser essa equipe, estou seguro”.
“Creio que é para tirar muitas coisas da partida de hoje, tanto positivas quanto quanto negativas. Tenho que explicar (aos jogadores) muito bem, vamos nos adaptando pouco a pouco. Estamos há cinco dias juntos, é muito pouco. (…) Tentaremos jogar os 90 minutos com a energia e o jogo do primeiro tempo”.
Ao revelar o que acha ter dado errado na etapa final, Milito afirma que o Atlético se agarrou ao resultado em determinado momento do jogo, o que não pode acontecer:
“Nos faltou ter o rendimento do primeiro tempo. Creio que (a queda de rendimento) se deve ao gol que sofremos. Um gol acidental. Esse gol deu ânimo a eles. Não pudemos ter a pressão intensa que tivemos em todo o primeiro tempo. Eles começaram a vir, e nós, de alguma maneira nos agarramos ao resultado, ao 2 a 1. Nunca é bom a esgarrar ao resultado, porque acontecem diferentes coisas que terminam no empate. São coisas para revisar, para melhorar, para aprender e para compartilhar com os jogadores. Queremos construir algo bom, que tem de ter muito mais a ver com o primeiro tempo, mas em 90 minutos”.
Por fim, o treinador fala da dor pelo resultado, sobretudo como ele foi desenhado:
“Sim, sem dúvida que sim (foi um empate com sabor de derrota). É um empate que doi muito. No futebol você sempre tem que estar com a guarda alta. Se você baixa a guarda, podem te machucar. Sabendo disso, tínhamos a confiança de que poderíamos repetir o primeiro tempo, mas não pudemos segurar. Sem dúvidas, o empate sai como derrota, por como se deu. Machuca, mas temos que seguir adiante”.
A grande decisão será no próximo domingo (7/4), às 15h30, no Mineirão, quando o Atlético precisa de uma vitória simples para conquistar o pentacampeonato Estadual. Antes disso, porém, o Alvinegro vai à capital da Venezuela, onde estreia na Libertadores, na quinta-feira (4/4), às 19h, diante do Caracas, no Estádio Olímpico de la UCV.
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