Kalil nega interferência na construção da Arena MRV e afirma: “A torcida escolhe em quem vai acreditar”

Por Hugo Fralodeo
Ouvir e discutir sobre as obras de contrapartidas para a construção da Arena MRV já é algo natural para o Atleticano. No momento, o projeto de lei que pode acelerar a liberação do funcionamento da casa do Galo avança, ao mesmo tempo que corre uma CPI que investiga o processo de licenciamento do empreendimento e as contrapartidas exigidas para a sua construção, haja vista que tais obrigações tiveram valores acima do usual.
Prefeito de Belo Horizonte com mandato vigente durante boa parte das obras de construção da Arena, o ex-presidente do Clube, Alexandre Kalil, que teria sido ligado ao fato, em participação no podcast do portal No Ataque, negou qualquer interferência no processo.
Kalil conta que o projeto foi originado na sua gestão, entre 2008 e 2014, lembra que o nome oficial do estádio era em homenagem a seu pai, Elias Kalil, também ex-presidente do Clube e desafia ser provado que ele esteve à frente de qualquer tratativa a respeito:
“Esse estádio nasceu na minha gestão. Na primeira reunião que autorizou a olhar isso, eu era o presidente do Atlético. O estádio, até pouco tempo, tinha o nome do meu pai. E eu desafio qualquer funcionário do Atlético, diretor, investidor, mecenas, que tenha ido discutir contrapartida comigo. Eu nunca soube, nunca tratei. E não é meu tipo. Se eu não quisesse o estádio, eu batia na mesa e falava: ‘não vai ter estádio’. Anota e empilha mais essa calúnia”.
“Vai arquiteto dar depoimento, vai CEO, que nunca entrou na minha sala, a única vez que ele falou de contrapartidas, tomou um esporro, porque ele aceitou o que eles pediram lá na secretaria sem me falar. Agora a torcida escolhe em quem vai acreditar, porque eu não vou mais me defender sobre esse assunto. Ninguém foi tratar desse assunto comigo. O negócio público não é futebol, dá cadeia. Eu não tratei, eu não interferi. É mais uma coisa pra manchar a minha história”.
O ex-presidente ainda diz à Massa que o estádio pertence a ela:
“Eu quero avisar pra torcida do Atlético: isso começou na minha gestão, quem assinou a carta de protocolo fui eu, pra começar a pensar no estádio. E o estádio, torcida, é do Atlético. O Atlético que pagou o estádio. O estádio é meu, é de quem for Atleticano. O estádio é meu igual é de qualquer um, ninguém vai contra isso”.