Dirigente minimiza impacto do ‘transfer ban’ e afirma que o problema precisa ser tratado como exceção
Por: Hugo Fralodeo
Na madrugada de terça para quarta, surgiu a notícia de que o Atlético havia sido punido pela FIFA com o transfer ban, por conta da dívida pela contratação de Nacho Fernández junto ao River Plate, em fevereiro de 2021.
Ainda na quarta-feira, o Atlético havia informado que já teria chegado a um acordo com os Millonarios para o pagamento da dívida de 2,5 milhões de dólares (cerca de R$ 13 milhões) em duas parcelas, com vencimento já neste mês de outubro e outra em fevereiro do próximo ano, o que foi negado pelo River, que afirmou que ainda “não há acordo firmado, só de palavra”.
No início da tarde desta quinta-feira (13), em entrevista ao programa Rádio Esportes, na rádio Itatiaia, o diretor de futebol do clube, Rodrigo Caetano falou sobre a questão, explicando a situação, garantindo que há o acordo. Caetano ainda assegura que isso foi um caso pontual e o impacto não será grande.
O diretor de futebol reconhece o problema, volta a falar do desencaixe do fluxo de caixa no clube, mas exemplifica com o pagamento de dívidas que foram parar na FIFA pela atual gestão, para justificar o desacerto, reafirmando que há o acordo com os argentinos e que o pagamento será feito assim que o Atlético dispor dos recursos:
“Nós não temos como negar, é fato que estamos com esse impeditivo junto à FIFA. Mas é uma questão muito pontual. Me parece que são quase 34 milhões de euros pagos em ações na FIFA e em aquisição de atletas desde o ano de 2020. E esse caso pontual foi um desencaixe de fluxo mesmo. Mas já tem essa renegociação com o River, para, assim que nós tivermos os recursos, já resolver isso e tirar prontamente esse problema do transfer ban.”
Concluindo, Caetano minimiza o impacto da punição, reiterando que é sim algo prejudicial à imagem do Atlético, citando a janela de transferências estando fechada como algo de menor consequência, garantindo que isso deve ser tratado como uma exceção:
“Hoje, o impacto não é gigante. Sempre tem o impacto na questão da imagem do clube, mas, em termos práticos, pela janela de transferências estar fechada, não nos causa grandes estragos. Mas a gente tem que solucionar. Tem que ser tratado como exceção. O que aconteceu no caso do Nacho é uma exceção e não pode ser regra, e o clube já está trabalhando para solucionar isso”.