Milito analisa empate sem gols do Atlético na estreia no Brasileirão e valoriza paixão e competitividade da equipe
Por Hugo Fralodeo
14 abr 2024 21:00
A estreia do Galo no Brasileirão foi em um empate tenso do início ao fim com o Corinthians na Neo Química Arena. No primeiro ato da partida, amarelo para Battaglia, que acabou recebendo o segundo cartão no final da etapa inicial, deixando o time de Gabriel Milito com um homem a menos por mais de uma hora de bola rolando.
Com o plano de jogo indo por água abaixo com a perda do volante, o Atlético foi obrigado a abandonar o estilo ofensivo e se resguardar um pouco mais, apostando nos contra-ataques. Sem muita criatividade de ambos os lados, nada de gols na capital paulista.
Em sua entrevista coletiva após o jogo, Milito analisou o que viu dentro de campo e parabenizou os jogadores por se manterem competitivos do início ao fim. Detalhando o que programou para a partida, o comandante diz que a expulsão condicionou o jogo:
“Viemos com a intenção de fazer o nosso jogo e ganhar. Logicamente que a partida foi totalmente condicionada pela expulsão de Battaglia, ficarmos com um a menos. (…) Tivemos a desgraça de, aos 20 segundos de partida, (Battaglia levar) cartão amarelo. Depois, (o árbitro) o expulsou em uma ação onde se teve o choque e podia ter se evitado o cartão. Foi uma situação de jogo que acontece o tempo todo. O árbitro entendeu que era amarelo. Dois amarelos, um a menos. (…) Isso nos obrigou a mudar o plano de jogo e tivemos que nos resguardar um pouco mais no nosso campo e contra-atacar. (…) Nos tirou a possibilidade de controlar o jogo com a bola. Tivemos que passar a ter o controle de jogo sem a bola e apostar não tanto na circulação e sim no jogo mais direto, com menos passes e mais ataque, transições. Isso não é fácil. Recuperar a bola perto da sua própria área e deixá-la mais com o adversário não é tão fácil. Tivemos contra-ataques que geraram sensação de perigo”.
Considerando que o Atlético fez um bom primeiro tempo, o Mariscal lamenta que o time tenha perdido algumas oportunidades de abrir o placar:
“O plano no primeiro tempo era pressiona-los no seu campo. Não podiam jogar curto, porque é uma equipe de qualidade. Se jogam curto, vão ganhando campo e gerado muito perigo. Então, muitas vezes ficamos no mano a mano na metade do campo, perdemos muitas bolas e tivemos muitos contragolpes com sensação de perigo, que não se traduziram em chances de gol porque não estivemos tão finos nas finalizações. Mas foram situações claras para converter em situações de gol e em gols, a partir da nossa recuperação. O primeiro tempo de jogo foi mais do que aceitável é muito bom da parte de todo a equipe”.
Já na etapa final, a ideia do treinador argentino era controlar o Corinthians, que passaria a atacar mais, aproveitando os espaços abertos. Ele acredita que o Galo incomodou o adversário nos contragolpes e lembra a cobrança de falta de Gustavo Scarpa, já nos momentos derradeiros que quase decidiu o jogo a favor do Atlético:
“No segundo tempo, tivemos que jogar com muita ordem, coração e esforço, porque tínhamos um homem a menos, mas tínhamos que controlar seus ataques. Sabíamos, sentíamos que teríamos algumas situações a partir do contragolpe. Levamos a sensação de perigo, inclusive quase ganhamos na última bola, com a falta frontal de Scarpa”.
Por fim, Milito parabeniza seus jogadores, que, segundo ele, competiram com paixão e desejo, quando esteve completa e também quando esteve com dez em campo:
“Felicitar os jogadores. Tem que competir assim, com essa mesma paixão e o mesmo desejo. Isso como ponto de partida. Demonstraram o que eu quero, é o que quero ver. Hoje, eu vi. Vi no onze contra onze e no onze contra dez, em diferentes situações. A equipe jogou cm paixão e autoridade em um campo muito difícil. Assim temos que fazer sempre, deve ser a nossa identidade. Tentaremos ter regularidade, porque o Campeonato Brasileiro tem 38 partidas, são muitas. Temos que ter o comportamento de hoje”.
O próximo compromisso de Milito e seus comandados pelo Brasileirão é já na quarta-feira (17), diante do Criciúma, às 20h, na estreia na Arena MRV. Será o início de uma sequência de três jogos na casa da Massa, que passa pelo clássico contra o Cruzeiro, no sábado (20), na terceira rodada do nacional, sendo encerrada na terça-feira (23), diante do Peñarol, na terceira rodada da fase de grupos da Libertadores.
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