Os números na Libertadores e o modelo de jogo de Chacho
Por Antônio Carlos
Os números servem tanto para mostrar a realidade quanto também mostrar apenas um recorte que queremos destacar. Números são importantes, mas devem sempre ser contextualizados. Dito isso, quero chamar a atenção para alguns números do Galo e seu contexto na Libertadores.
O Galo é a equipe que tem mais posse de bola na competição, mas isso isoladamente não quer dizer muita coisa, não mostra o que a equipe faz com a posse. Como tem muita posse, também é a equipe que troca mais passes. Entretanto, mais posse e passes ainda não dizem muito.
O contexto da posse e passes trocados começa a ganhar corpo quando vemos que o Galo é uma equipe que além de propor o jogo com posse e passes, é a equipe que tem mais passes para a profundidade (direção do gol adversário) e para o terço final; ou seja, é uma equipe vertical.
O contexto fica ainda mais fácil de ser entendido quando vemos que além de mais posse, mais passes e mais verticalidade, é uma equipe bem ofensiva. O Galo é o 2º melhor ataque, é a equipe que mais chuta no gol adversário e também é a equipe com mais dribles e vitórias no 1×1.
Para finalizar, outro dado importante. O Galo é a 2ª equipe que melhor pressiona o adversário (PPDA) e a 2ª equipe que melhor sai da pressão alta do adversário (PPDA against). Como se vê, números que ajudam a entender o contexto.
“Os números não ganham, mas também não mentem”.