Apesar de decisivo, Nacho tem 0% de conversão cara a cara com goleiros no Brasileirão
Por: Hugo Fralodeo
Na ausência de Hulk, com 14 participações diretas (12 gols e 2 assistências) em gols no Campeonato Brasileiro, é seguro dizer que as atenções se voltam para Nacho Fernández, de longe, o segundo jogador do elenco que mais decide para o Atlético, ainda que ele alterne entre a titularidade e o banco de reservas.
Até aqui, o meio-campista argentino atuou em 32 dos 36 jogos do Galo na competição, tendo começado 23 partidas e entrado no decorrer de outras 9. Com 2.048 minutos em campo (média de 64 por jogo), Nacho foi responsável por quatro bolas na rede e cinco assistências. Considerando o campeonato ruim do Atlético, trata-se de bons números. Porém, o desempenho do camisa 26 poderia ser muito melhor, o que influenciaria diretamente no número de pontos somados na tabela de classificação.
De acordo com dados do Espião Estatístico, Nacho tem a pior eficiência do Brasileirão quando é observado a taxa de conversão quando um jogador finaliza cara a cara com o goleiro. O argentino desperdiçou a chance em todas as oito vezes em que esteve de frente para o crime. A título de comparação, o artilheiro do certame, o também argentino Germán Cano, centroavante do Fluminense, esteve 20 vezes na frente dos goleiros e converteu 40% das oportunidades, marcando desta forma oito de seus 24 gols no campeonato.
Além dessas oito chances cara a cara, Nacho ainda desperdiçou um pênalti e outras duas chances claras no campeonato. As únicas duas vezes que o meia converteu finalizações com a bola rolando foi quando o gol estava vazio: na derrota para o América, de cabeça, após rebote em bicicleta de Hulk, e na vitória para cima do Flamengo, também no Mineirão, também após rebote em finalização defendida pelo goleiro.
Os outros dois gols de Nacho foram no empate com o RB Bragantino, em Bragança, de falta, e na vitória sobre o Santos, na Vila Belmiro, em cobrança de pênalti.
*Foto: Pedro Souza/Atlético