“Se fosse o Hulk, sairia de camburão”, Rodrigo Caetano fala da perseguição dos árbitros a Hulk e detalha ida à CBF para tratar da arbitragem

Por Hugo Fralodeo
Na última quarta-feira (26), uma comitiva do Atlético, liderada pelo diretor de futebol Rodrigo Caetano, foi à sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, para reunir-se com a Comissão de Arbitragem da entidade.
Então, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (27), o próprio diretor, que, junto a Victor (gerente de futebol) e Sálvio Spinola (consultor de arbitragem), esperava ter sido recebido pelo presidente da comissão, Wilson Seneme, revelou que Seneme não esteve presente, além de detalhar pontos apresentados no encontro.
“Estivemos na CBF em uma comitiva, Victor e eu, também levamos nosso consultor de arbitragem, o Sálvio Spinola, para que nos auxiliasse nas questões mais técnicas. Fomos com uma pauta em relação a todos os lances que o Galo se sente prejudicado no Campeonato Brasileiro. Marcamos essa agenda via FMF, diretamente com o Seneme / Comissão de Arbitragem, mas ele, por algum compromisso ou talvez porque ele não entenda a importância que o Galo tem, ele não estava”.
“Se me perguntares ‘o que muda?’ Nada. Na nossa visão, são critérios totalmente distintos. A gente vem acompanhando os jogos, e o Galo se sente prejudicado. Nós fomos lá para oficializar a eles que não vamos ficar calados e, se tivermos que reclamar publicamente todas as vezes que nos sentirmos prejudicados, assim o faremos. Lances de outros jogos em que o VAR chama o árbitro e nos nossos não têm sido frequentes”.
Caetano ainda fala de uma perseguição a Hulk, que abdicou de usar a braçadeira de capitão em campo, uma vez que vinha sendo constantemente advertido com cartões ao abordar os árbitros durante os jogos. No clássico diante do América, inclusive, quando se aproximou do quadro de arbitragem e questionou o motivo da “comemoração” dos árbitros após o apito final, o artilheiro foi expulso por Wilton Pereira Sampaio, que registro na súmula ter se sentido ofendido.
O diretor conta que apresentou imagens comparativas entre Hulk e outros atletas, reclamando da diferente postura com o camisa 7 do Galo, além de ter registrado o descontentamento do Clube com Sampaio:
“Outro ponto em que fomos incisivos foi na perseguição ao Hulk. Não tem outra palavra. É um jogador internacional, um dos nossos capitães, vinha sendo e, por um pedido dele, deixou de ser. A gente levou imagens comparativas aos outros capitães e aos outros atletas. Certamente, se fosse o Hulk que tivesse feito reclamações como alguns atletas nessas duas semifinais de Copa do Brasil, ele teria saído de camburão. Então, nós não vamos mais tolerar isso. Essa distinção feita em relação ao Hulk é uma distinção feita em relação ao Galo. Não dá para a gente admitir. Prova está, que o presidente da Comissão de arbitragem, (o encontro) foi marcado com ele, através da FMF, e ele não estava, ele terceirizou”.
“Registramos também, por histórico, o nosso descontentamento com o árbitro Wilton Pereira Sampaio, que sistematicamente prejudica o Galo. Simples assim”.
Por fim, Caetano revela que o lance do gol anulado de Alan Kardec na derrota sofrida para o Grêmio, no último sábado (22), foi revisto por Péricles Bassols, gerente do VAR da Comissão de Arbitragem. No entanto, o diretor disse não ter sido convencido do acerto da cabine do VAR da partida, liderada por Wagner Reway:
“Obviamente, todos os lances polêmicos tiveram a devida justificativa, inclusive esse último da linha do VAR, que foi refeita na nossa frente, com o áudio. Eu disse a eles, por mais que o método e os árbitros sejam bem trenados, não nos convenceu que aquelas linhas não estavam sobrepostas, porque erro humano acontece”.