Presidente volta a criticar administração do Mineirão e revela ter convites para o Atlético jogar fora de BH

Por: Hugo Fralodeo
Antes da estreia na temporada, no último sábado (21), o presidente do Atlético, Sérgio Coelho, já havia criticado a administração do Mineirão com base na transferência de três jogos do Atlético na primeira fase do Campeonato Mineiro para o Horto e a possibilidade de haver mais datas bloqueadas para o uso do Mineirão por parte do Clube.
Com a novela ganhando mais capítulos ao longo dos dias, nesta terça-feira (24), em entrevista à rádio Itatiaia, Sérgio Coelho voltou a fazer duras críticas à administração do estádio, revelando que o Atlético, inclusive, tem propostas para jogar fora de Belo Horizonte.
De acordo com o presidente, como, em sua visão, o Mineirão não prioriza o produto futebol, o Atlético precisa encontrar soluções. O presidente levanta a possibilidade de levar, inclusive, o Galo para fora da capital:
“A sensação que tenho é de que o Mineirão vê o futebol como um subproduto. O futebol mineiro é um subproduto, hoje já não é o mais importante para o estádio. Assim como o Cruzeiro, que está saindo para jogar no Independência, nós já temos alguns jogos marcados no Horto e temos convites para jogar em algumas arenas fora de Belo Horizonte. Temos de encontrar soluções para os nossos problemas”.
O presidente ainda revela que solicitou um encontro com o governador de Minas gerais para tratar do assunto, reforçando que a solução possa ser realmente transferir alguns jogos do Atlético para o Horto e até fora do Estado:
“O Mineirão foi construído para ser o palco do futebol mineiro e hoje, infelizmente, não tem sido assim. Eu pedi uma audiência com o governador Romeu Zema para tentarmos encontrar uma solução, porque o futebol mineiro perde muito com isso, lamentavelmente. Precisamos buscar uma solução para este problema e talvez a solução passe por jogar no Independência e também fora do Estado”.
Sérgio Coelho lembra a indisponibilidade do estádio para o Atlético em datas de jogos importantes, devido, sobretudo, a utilização do Mineirão para outros tipos de eventos, citando ainda o alto custo para de jogar no local:
“Há a questão do altíssimo custo da operação de um jogo, é elevadíssimo, a gente tenta baixar e não consegue. Mas o pior de tudo tem sido mesmo as datas de show. Nós sabemos que o Mineirão é multiuso, mas não queremos exclusividade, queremos preferência. Nos próximos meses, teremos três datas de jogos em que não poderemos jogar no estádio. Há um show no dia 18 de março que inviabiliza o jogo do Atlético se estivermos na terceira fase da Libertadores. Há também um jogo na semifinal e o primeiro jogo da final do Mineiro”
Concluindo, o presidente ainda fala da má qualidade do gramado, revelando que a Conmebol chegou a ameaçar a realização de partidas organizadas pela entidade sul-americana por conta das condições do palco de jogo:
“Temos muitas dificuldades com o Mineirão, primeiro pelo gramado. Entre os palcos dos principais times do Brasil, dos quais fazem parte Atlético e Cruzeiro, o nosso gramado é o pior deles, e não era para ser. Infelizmente a gente não consegue fazer com que o Mineirão nos entregue um gramado adequado para a prática do esporte. Em alguns jogos que disputamos, chegamos a ser ameaçados pela Conmebol de não poder praticar o jogo, pela qualidade do gramado”.
Por conta dos eventos que inviabilizam a utilização do Mineirão para partidas de futebol, o Atlético teve que fazer sua estreia na temporada e ainda fará mais dois jogos da primeira fase do Campeonato Mineiro no Independência, tendo o Mineirão disponível somente no clássico contra o América, no próximo dia 25 de fevereiro, válido pela sétima rodada da competição.
Também por conta de um show no Gigante da Pampulha, caso passe pelo Carabobo e chegue à terceira fase preliminar da Libertadores, há a possibilidade de o Atlético não poder mandar o jogo de volta – contra Millonarios ou Universidad Católica de Quito -, previsto para a semana do dia 15 de março (quarta-feira), no Estádio.
Nesta terça-feira (24), o Governo do Estado de Minas Gerais anunciou a criação de um comitê para analisar a questão com a concessionária que administra o estádio, a Minas Arena, que, logo após a entrevista coletiva do secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais emitiu uma nota oficial justificando pontos levantados pelo secretário.
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