Jemerson comenta críticas à defesa e o problema da bola aérea no Atlético

Por Hugo Fralodeo
Convivendo com um incômodo jejum de vitórias há cinco partidas, o Atlético vem sofrendo com as críticas. Um dos primeiros alvos, a defesa. São seis gols sofridos nos quatro primeiros jogos sob o comando de Felipão, número que contribui muito paras os pontos deixados para trás na tabela do Brasileirão, apesar do empate por 1 a 1 diante do Libertad ter valido a vaga nas oitavas de final da Libertadores.
Zagueiro do elenco com mais partidas como titular na temporada, Jemerson foi o escolhido da vez para bater um papo com a Massa e a imprensa antes do treino da manhã desta sexta-feira (7). Como não poderia ser diferente, o assunto gols sofridos dominou a coletiva do defensor. Jemerson falou sobre as críticas, o problema da bola parada e do incômodo pela sequência de resultados aquém do esperado.
Sobre as críticas, o zagueiro as considera com algo normal, mas não acredita que a quantidade de gols sofridos seja um problema só da turma lá de trás. Jemerson tenta explicar o que vem acontecendo e garante que o o trabalho para isso mudar está sendo feito na Cidade do Galo:
“(Receber) críticas é normal, principalmente quando você começa a tomar gols e não consegue as vitórias. Geralmente sobra para a defesa, mas tem o conjunto, é o time todo. Eu acho que a gente está iniciando bem os jogos, só que, às vezes, ali no decorrer da partida a gente está deixando de fazer uma coisa ou outra, deixando de ter intensidade em algumas jogadas e acabamos sendo penalizados por isso. A gente está trabalhando para melhorar isso, ver os pontos que erramos, para corrigir e que não venha acontecer isso, a gente deixar de sofrer gols e sair com as vitórias”.
Foram 33 gols sofridos pelo Atlético no ano, 18 oriundos de jogadas pelo alto. Dos seis gols sofridos sob o comando de Scolari, cinco ocasionados pela ameaça que vem do alto, sendo dois a partir da bola parada. Jemerson lembra que isso também foi um problema no início do trabalho de Coudet, mas foi algo contornado. Ele diz ser impossível parar de sofrer gols de bola parada, mas afirma que o trabalho que vem sendo efeito evitará que a bola aérea cause danos tão grandes como vem causando:
“É trabalho. No início com o Coudet também teve isso. Queira ou não, quando tem essa mudança (de treinador) a parte que sofre mais é essa bola aérea. No começo, todo mundo criticava, depois a gente teve uma sequência sem levar gols e ninguém falava nada. A gente tem que trabalhar, saber assimilar as críticas e tentar corrigir no dia a dia, para que a gente não sofra gols de bola parada. Mas a gente sempre vai sofrer, né?! É sim possível gols de bola parada, mas a gente vai tentar evitar o máximo possível”.
Finalizando, o zagueiro fala do incômodo pela sequência sem resultados positivos, voltando a destacar que o trabalho é o que fará o time diminuir a distância já grande para a ponta da tabela:
“Time grande quando fica dois, três jogos sem vencer, já vem críticas, já incomoda. A gente sabe do nosso potencial. A gente está fazendo de tudo para conseguir as vitórias. Quando tivemos uma sequência boa, a gente continuou trabalhando forte e agora nós também estamos trabalhando, vendo os erros e corrigindo eles e dando continuidade no que a gente está fazendo certo, para poder voltar a ter uma sequência de vitórias e tentar encostar no Botafogo, que já está com uma vantagem grande”.
A atividade desta sexta-feira encerra a primeira semana cheia de treinos desde que Felipão assumiu o comando técnico. No sábado, às 18h30, o Atlético recebe o Corinthians, no Mineirão, em partida válida pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro.