Everson comenta tempo ruim durante a lesão e avisa que irá se blindar para manter o alto nível no Atlético
Chateado com “inverdades” durante seu processo de recuperação de lesão, o goleiro Everson fez algo que não deverá ser visto com a mesma franquearia, atendeu os jornalistas presentes na zona mista do Nuevo Gasómetro após o empate por 1 a 1 entre Atlético e San Lorenzo, nessa terça-feira (13), no primeiro duelo entre os clubes pelas oitavas de final da Copa Libertadores.
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Com postura mais fechada, o Paredão, que se contundiu em um momento onde era cobrado por parte da torcida – quando, inclusive, chegou a desabafar sobre as críticas -, comentou sobre o tempo ruim quando esteve lesionado, revelou o incomodo com boatos sobre o motivo de seu afastamento dos gramados e afirmou que falará menos com a imprensa a partir de agora:
“Esse tempo que eu fiquei parado, que foi ruim para mim, com certeza é ruim ficar parado, mas pude assimilar e aprender muita coisa. Infelizmente, acabou aparecendo algumas inverdades, que que não viajei por conta de trabalho psicológico. Não foi. Eu estava, sim, machucado. Tenho trabalho psicológico desde o ano passado, fora e dentro do Clube, todo o suporte que o Atlético me dá. Mas agora eu estou mais focado em desempenhar meu trabalho”.
”Sempre procuro dar atenção, sempre coloquei minha cara, na vitória e na derrota, mas não vai ser sempre, para me blindar também. Eu tenho que pensar em mim, no no ser humano. Vai ser melhor em algumas situações. Peço desculpas de antemão. Mas ser um cara mais centrado para desempenhar o melhor dentro de campo, sabendo que vou ter dias bons e alguns dias ruins. Jamais deixar de trabalhar e procurar ajudar o Atlético”.
O camisa 22 ficou no estaleiro por cerca de seis semanas e perdeu dez compromissos. Recuperado, ele conta que está bem e que usou o período fora de combate para pôr a cabeça no lugar:
”Eu estou bem, graças a Deus. Minha contusão foi algo inédito, não só no Galo, mas em toda minha carreira, ficar por volta de 45 dias fora. Foram logo duas. Eu me assustei quando vi o osso para fora, mas foquei, consegui recuperar o mais rápido possível e voltei a dar minha parcela de contribuição para a equipe. Foi um momento de muita reflexão com a família, para que eu pudesse colocar o trem nos trilhos”.
Marcas expressivas
Quarto goleiro que mais defendeu o Atlético, Everson chegou ao seu 250º jogo com o Manto, o 40º na Libertadores, número que o coloca na terceira posição da lista dos jogadores que mais atuaram pelo Clube na competição.
Feliz pelas marcas atingidas, o Paredão já mira o ídolo Léo Silva, que tem uma partida a mais e figura na segunda posição, abaixo de São Victor:
”Hoje, 250 jogos. Uma marca importante. 40 pela Libertadores, só o Léo Silva e o Victor têm mais. Com a gente passando, eu vou jogar as quartas de final e me tornar o segundo jogador (com mais partidas pelo Galo na competição), abaixo só do maior goleiro da história do Clube”.
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