Em nota, Atlético afirma que eleição do Conselho “transcorreu dentro da mais absoluta legalidade e lisura”
Por: Hugo Fralodeo
Na tarde desta quinta-feira (17), por meio de nota oficial (confira no final da matéria) divulgada através do site do Atlético, o Conselho Deliberativo do Clube esclareceu alguns fatos que foram questionados pelo grupo de conselheiros que levantaram a possibilidade de fraude na última assembleia que elegeu 150 novos conselheiros, no último mês de agosto.
Sobre a suspeita de que alguns dos conselheiros eleitos não cumpriam o requisito de serem associados, há pelo menos dois anos, de um dos clubes de lazer do Atlético – Labareda ou Vila Olímpica – como demanda o Estatuto do Atlético, o Conselho afirma que “A Assembleia Geral Ordinária realizada no dia 8 de agosto (…) transcorreu dentro da mais absoluta legalidade e lisura, obedecendo ao mesmo ‘modus operandi’ das últimas eleições deste Conselho” é que “procedimentos nela adotados foram rigorosamente iguais aos das últimas Assembleias Gerais ocorridas com a mesma finalidade”.
Como a partir do requerimento de Cláudio Utsch – que enviou uma carta ao Conselho de Ética, a Sérgio Coelho, presidente do Atlético, e Ricardo Guimarães, presidente do Conselho Deliberativo recém-eleito, solicitando a comprovação de que todos os requisitos para tornar elegíveis os conselheiros eleitos -, Rodolfo Gropen, ex-presidente do Conselho, e Lásaro Cândido da Cunha ex-vice presidente do clube, também conselheiros, cobraram, também através de carta, uma posição Atlético sobre essa eventual fraude e atendesse tal solicitação de Cláudio Utsch, a nota também rebate os conselheiros, afirmando que “o mesmo fato que Rodolfo Gropen contesta ocorreu em sua própria eleição para conselheiro. Ele foi nomeado conselheiro do Clube em agosto de 2010, mas se tornou efetivamente sócio da Vila Olímpica somente em abril de 2009 – data em que iniciou os pagamentos – portanto menos de dois anos depois de sua integração ao quadro social. Da mesma forma, Lásaro Cândido foi eleito conselheiro na mesma data e iniciou os pagamentos do clube social em junho de 2009”.
Ainda na nota, o Conselho esclarece que, caso algum procedimento tivesse ocorrido fora das normas do Atlético, a chapa deveria ter sido impugnada dentro do prazo legal, o que não ocorreu. Inclusive, isso caberia ao presidente do Conselho de Ética e Disciplina do Conselho Deliberativo à época, o próprio Cláudio Utsch.
Por fim, o Conselho reafirma que a reunião marcada para o próximo dia 21 d novembro está mantida, assim como a votação para a eventual mudança do estádio Elias Kalil (*não confundir com o nome comercial Arena MRV), pautada para a data, que Lásaro Cândido da Cunha e Rodolfo Gropen pediam o cancelamento.
Nota emitida pelo Conselho Deliberativo do Atlético na íntegra:
1 – A Assembleia Geral Ordinária realizada no dia 8 de agosto do corrente ano, que elegeu a chapa única Galo Triplete para as 150 vagas de conselheiros eleitos e 75 vagas de conselheiros suplentes, transcorreu dentro da mais absoluta legalidade e lisura, obedecendo ao mesmo “modus operandi” das últimas eleições deste Conselho;
2 – Os procedimentos nela adotados foram rigorosamente iguais aos das últimas Assembleias Gerais ocorridas com a mesma finalidade, inclusive na que aconteceu durante a gestão do conselheiro Rodolfo Gropen como presidente do Conselho, período em que o conselheiro Lásaro Cândido ocupava o cargo de vice-presidente executivo do Clube. Aliás, importante deixar claro que o mesmo fato que Rodolfo Gropen contesta ocorreu em sua própria eleição para conselheiro. Ele foi nomeado conselheiro do Clube em agosto de 2010, mas se tornou efetivamente sócio da Vila Olímpica somente em abril de 2009 – data em que iniciou os pagamentos – portanto menos de dois anos depois de sua integração ao quadro social. Da mesma forma, Lásaro Cândido foi eleito conselheiro na mesma data e iniciou os pagamentos do clube social em junho de 2009. Dessarte, ambos querem, agora, se beneficiar de suas próprias torpezas!
3 – A carta contida nas referidas reportagens, assinada pelos conselheiros supracitados, causa-nos enorme estranhamento. Até porque, caso algum procedimento não tivesse ocorrido dentro das normas e da tradição, a chapa deveria ser impugnada dentro do prazo legal, conforme rege o Estatuto do Clube, o que não ocorreu. Mais: se tivesse havido eventual desacerto, era obrigação do presidente do Conselho de Ética e Disciplina do Conselho Deliberativo, cargo ocupado à época do pleito pelo conselheiro Cláudio Utsch, reagir de imediato contra supostas violações, o que não aconteceu;
4 – A Massa Atleticana precisa saber que todo esse “blá-blá-blá” nada mais é do que uma tentativa de jogar uma “cortina de fumaça” sobre a eminente mudança de nome da Arena MRV, decisão essa, sim, aprovada de forma obscura, em votação na calada da noite, nos instantes finais de uma reunião do Conselho que sequer tinha o referido assunto em pauta;
5 – Não tendo argumentos para contestar a decisão deste Conselho de levar à votação a mudança de nome da nossa nova casa, o que se tenta é um despiste das reais intenções, a fim de confundir a sociedade e a Massa Atleticana, com atitudes oportunistas e acusações levianas, típicas de quem coloca interesses pessoais acima dos coletivos;
6 – Por óbvio, a possibilidade de alteração do nome do estádio não configura desrespeito à história de Elias Kalil. Ao contrário. Dar o seu nome a um estádio no qual não teve qualquer participação ou influência não faz justiça à sua obra no Clube. A propósito, o que se pretende não é impor nenhum nome, mas democratizar tal escolha, oportunizando aos conselheiros decidir de maneira transparente e oportuna sobre tema de tamanha relevância e simbolismo;
7 – Por fim, reiteramos que está mantida a Reunião Extraordinária deste Conselho Deliberativo, a ser realizada no dia 21 de novembro, bem como todas as pautas contidas no Edital de Convocação.
Conselho Deliberativo do Clube Atlético Mineiro”