Apresentado oficialmente como diretor de futebol do Atlético, Victor fala da emoção em assumir o novo cargo e diz não temer manchar idolatria da Massa

Por Hugo Fralodeo
20 fev 2024 10h56
O Atlético tem um novo diretor de futebol. Anunciado oficialmente no último sábado (17), Victor Bagy foi apresentado na nova função no Clube em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (20).
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Antes de tudo, o ídolo falou da emoção ao assumir o novo posto, agradeceu a oportunidade, além de revelar se teme ou não perder a idolatria conquistada defendo o gol Alvinegro.
Segundo Victor, a emoção deste momento é a mesma da sua chegada à Cidade do Galo como goleiro, em 29 de junho de 2012:
“Acho que a emoção que eu sinto agora é a mesma emoção que senti 12 anos atrás quando fui apresentado ao Atlético como atleta. Cheio de expectativas, projetos e sonhos e vislumbrando grandes vitórias, conquistas e títulos. É com imensa satisfação que recebo essa oportunidade”.
O novo diretor, ainda, fala da dificuldade em substituir Rodrigo Caetano, com quem trabalhou nos últimos três anos, mas destaca seu tempo de casa para garantir estar preparado para a nova missão:
“Sei que não é fácil substituir um profissional do tamanho e com o currículo do Caetano, mas vejo que é possível, até porque conheço o Clube como poucos, vivi grandes conquistas, momentos difíceis, turbulentos e isso me preparou para chegar até aqui e poder lidar com diferentes tipos de situações. Agradeço a oportunidade e a confiança e espero dar continuidade a esse grande trabalho que vinha sendo feito pelo Rodrigo e colocar o Atlético cada vez mais como um dos principais clubes do futebol brasileiro e internacional”.

Comparando a função de diretor de futebol com a de goleiro, Victor afirma ter em comum o objetivo de quando atuava debaixo das traves, manter o Atlético no topo:
“Exposição eu também tinha quando eu jogava. Ser goleiro é uma grande responsabilidade. Nunca me omiti, principalmente nos momentos de dificuldade, de pôr a cara para bater. Fazendo um paralelo com a nova função, existem semelhanças, obviamente que muda os interesses e os discursos, mas o objetivo é o mesmo, sempre buscar os melhores resultados para o Clube”.
Ídolo de milhões e canonizado santo do Horto, Victor não teme manchar sua história já escrita no Galo:
“A idolatria já foi conquistada, está escrita. Hoje quem está aqui é o Victor Bagy, diretor de futebol, não o São Victor. Não tenho medo de manchar isso, porque tudo que eu vou fazer aqui dentro do Clube é baseado nas melhores condições, nunca de forma irresponsável. Mesmo que eventualmente possa dar errado, jamais você vai ter sua imagem arranhada quando você trabalha de forma honesta. Assim eu trabalho há 12 anos no Atlético para colocá-lo em evidência e dar alegria ao torcedor”.
O antigo gerente foi anunciado como substituído de Rodrigo Caetano, novo coordenador executivo geral das seleções da CBF, no último sábado (17), antes da vitória do Alvinegro sobre o Itabirito, no Estádio Mané Garrincha.
Nos últimos dias, já com a confirmação de que Caetano havia aceitado a proposta da entidade máxima do futebol brasileiro, Victor passou a ser mais atuante, já exercendo, inclusive, algumas funções atribuídas a um diretor entre as partidas diante de Athletic, no último dia 8, e Tombense, na última quarta-feira (15) e já esteve à frente da delegação que viajou à Brasília.
Indo para seu 13º ano na Cidade do Galo, Victor chegou ao Clube como goleiro, foi canonizado santo do Horto e se tornou um dos maiores ídolos históricos da Massa. Em campo, foram 424 jogos disputados pelo nono jogador com mais partidas pelo Alvinegro e oito títulos: cinco Campeonatos Mineiros (2013, 2015, 2017, 2020 e 2021), uma Copa do Brasil (2014), uma Recopa Sulamericana (2014), além, claro, da inesquecível Copa Libertadores de 2013.
Como gerente, o ex-camisa 1 participou das conquistas de dois Campeonatos Mineiros (2022 e 2023), um Brasileirão (2021), uma Copa do Brasil (2021) e uma Supercopa do Brasil (2022).
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