6 de outubro – “Foi a maior emoção da minha vida” – Nesse dia de Galo, Milton Neves recebia o Galo de Prata numa tarde de clássico

“Galo é o clube do mundo que tem seu segundo nome tão forte que virou primeiro”
Por: Betinho Marques
Em belíssima entrevista, conduzida pelo jornalista Kleyton Borges, na Cidade do Galo, em 2010, Milton relembrou a maior homenagem que recebeu na vida “É o Galo mais lindo do mundo”. Milton contou que, no programa Super Técnico, da Bandeirantes, elogiou o Atlético sem pretensões.
O sonho da vida de Neves era ser jogador de futebol, mas sem talento. Tentou em Muzambinho, mas não vingou. Milton admitiu ter sido um péssimo zagueiro, mas vingou mesmo na comunicação, se tornou referência, inclusive, nas propagandas ou os tão famosos “merchans” do Miltão.
Sem intenção, falando por falar, Milton disse num programa da Band que a torcida do Galo era a mais argentina do Brasil, tamanha era a capacidade da Massa. Foi aí que conquistou uma legião de atleticanos.
O jornalista contou que no intervalo do programa, Luiza Altenhofen o chamou e disse: “nunca recebemos tantos e-mails, congestionou”. Perspicaz, Neves comprou o “terreno fértil” e disse:
“É aqui que eu vou… Foi aí que eu conheci a força da Massa, eu não tinha a mínima noção… No sul de Minas, a influência era dos times de São Paulo, eu sempre fui santista, Pelé …”
Nenhum jornalista recebeu uma homenagem dessa
“Nunca vivi uma emoção tão grande na minha vida. Sempre fui de estúdio, não de estádio. Nesse dia, era um clássico, o time do Cruzeiro estava mal, mas fez dois gols e eu fiquei com medo de sair com fama de pé-frio, mas o Galo empatou em 2 a 2. Ninguém, nenhum jornalista recebeu uma homenagem dessas na vida. Um Mineirão lotado gritando: doutor, eu não me engano, o Milton Neves é atleticano. Eu gosto demais da torcida do Atlético, tenho uma foto que diz isso, como eles me olhavam como se eu fosse o Reinaldo”.
Referência em cuidado com a história do futebol brasileiro
Milton Neves Filho é um radialista e jornalista, nascido em Muzambinho, no interior de Minas Gerais. Começou sua carreira com 17 anos, trabalhando na Rádio Continental, em sua cidade natal.
Trabalhou por várias emissoras de rádio do país, como a Jovem Pan, Rádio Colombo, CBN, Rádio Bandeirantes. Na TV, trabalhou na Record e, atualmente mantém seu quadro “Que Fim Levou”, na Bandeirantes, após deixar o Terceiro Tempo, recentemente.
Premiado em incontáveis oportunidades, Milton Neves nunca deixa de dizer que seu maior troféu foi ter convivido com Lenice, sua esposa por 53 anos, que faleceu no fim de agosto de 2020 em decorrência de um câncer no pâncreas. O casal Milton e Lenice teve três filhos (Rafael Eduardo, Fábio Lucas e Milton Neto) e duas netas (Giulia e Maria Beatriz)
Ao programa Melhor da Tarde, da apresentadora Cátia Fonseca, em outubro de 2022, Milton se emocionou: “Eu e ela tivemos só um namorado e uma namorada, só um noivado, só um casamento, foram 53 anos. Mas sem ela minha vida ficou muito ruim”
O FalaGalo, em respeito à história do jornalista que cuida tão bem da memória do futebol brasileiro e, muitas vezes, consulta o Terceiro Tempo, agradece aos serviços prestados pelo homem de Muzambinho.
“Galo é o clube do mundo que tem seu segundo nome tão forte que virou primeiro”
Galo, som, sol e sal é fundamental
ObriGalo e força, Milton!
Leia o “Que fim levou” em: terceirotempo.uol.com.br
FICHA TÉCNICA:
Milton Neves Filho
6 de agosto de 1951, Muzambinho (MG)
Fontes:
terceirotempo.uol.com.br; galodigital.com.br; falagalo.com.br