Victor fala do péssimo momento do Atlético, destaca o comprometimento dos jogadores e reforça foco no trabalho e na retomada da confiança

Por Hugo Fralodeo
Confiança e trabalho, as duas palavras repetidas como um mantra por todos dentro do Atlético. Na entrevista coletiva do gerente de futebol Victor Bagy, antes do treino desta sexta-feira (4), não foi diferente. Ao falar sobre o péssimo momento vivido pelo time, o ídolo da Massa tentou explicar o que tem acontecido na Cidade do Galo.
Victor cita que nunca tinha vivido algo parecido na sua carreira dentro do futebol, ainda mais no Atlético, onde está há 11 anos, mas revela que todos estão mobilizados e trabalhando para reverter a situação:
“Eu nunca vivi e acho que ninguém (aqui) tinha vivido isso dentro do futebol. A gente sabe a dificuldade que a gente vem enfrentando e o momento que estamos passando. Ainda mais estando dentro de um Clube que se acostumou a vencer nos últimos anos, talvez isso tenha um impacto ainda maior. Estamos todos preocupados, entristecidos e envergonhados por viver um momento como esse. Mas posso garantir que não é por falta de trabalho, comprometimento, profissionalismo e interesse. (…) O treino está marcado para daqui uma hora e a academia já está cheia. O pessoal trabalha, se compromete, ninguém se omite. É fase. Temos que respeitar o momento e trabalhar para sair dele o quanto antes”.
Mesmo com um jejum de dez jogos, nove sob o comando de Felipão, que ainda não foi capaz vencer no comando do Atlético, Victor acredita que não há fórmula mágica para trazer de volta as vitórias, a não ser trabalho e conversa:
“O futebol, às vezes, tem fazes, e não existe fórmula para se vencer ou superar as adversidades de uma forma que seja diferente do trabalho. E é isso que a gente tem feito aqui. O Felipão tem buscado inúmeras alternativas de mobilização, de conversa e de cobrança, para extrair o melhor dos jogadores. Temos um bom ambiente, um pouco mais baixo astral, pelo momento sem vencer, obviamente, mas o nosso papel é elevar o nível de confiança do elenco”.
Reforçando que a busca é pela retomada da confiança, Victor sabe que tudo az parte de um ciclo, vitórias vêm com a confiança e a confiança chega através das vitórias:
“No futebol, às vezes se fala, ‘ah, mas o cara ganha bem, é profissional…’, mas o cara é humano. Uma palavra que precisa ser resgatada nesse momento é a confiança. Quando você vive um bom momento, jogadores que não têm um grande destaque acabam se destacando porque tem confiança, arrisca mais, faz coisas diferentes. O mesmo acontece quando a fase não é boa, às vezes jogadores de alta capacidade arriscam menos e acabam errando mais, na ansiedade de querer acertar. A confiança precisa ser resgatada, mas isso só vai acontecer com os resultados. A gente sabe, futebol é resultado. Ninguém desaprende a jogar futebol, simplesmente perde a confiança. Eu sempre entendi que, quando você está em um momento de baixa confiança, você tem que fazer o simples bem feito, até retomar sua confiança. Mas a gente precisa vencer. Não existe melhor remédio para a falta de confianças do que vitórias”.
A próxima chance do Atlético encerrar o incômodo jejum é já no domingo (6), quando o Alvinegro visita o São Paulo no Morumbi, às 16h, em jogo válido pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Três dias depois, na quarta-feira (8), talvez a partida que defina o futuro do Atlético, diante do Palmeiras, também na capital paulista, que define quem avança às quartas de final da Libertadores.