Rubens declara preferência por jogar no meio, mas se diz pronto para ocupar a lateral-esquerda

Por: Hugo Fralodeo
Diante da gravíssima lesão no joelho esquerdo de Guilherme Arana, o lado esquerdo da defesa do Atlético abriu uma vaga. Na concorrência, um lateral de ofício e um meio-campista que já quebrou o galho na função, um jogador experiente e rodado, outro que faz seu primeiro ano completo entre os profissionais. No duelo contra o Avaí, às 16h30 de sábado (17), na Ressacada, Dodô ou Rubens, quem for o escolhido para iniciar a partida pelo comandante Cuca, largará na frente para ser o novo dono da lateral-esquerda do Atlético.
Em entrevista coletiva antes da viagem para Florianópolis, no final da manhã desta sexta, Rubens, que atuou frequentemente na ala sob o comando de Antonio Mohamed, se colocou à disposição de Cuca para voltar à função:
“Com certeza, se vier a precisar que eu jogue de lateral, estou preparado para poder ajudar a equipe”.
Neste ano, o prata da casa já entrou em campo 35 vezes, inclusive, participando de todas as 9 partidas que Cuca comandou desde que retornou ao Atlético. Nos tempos de Turco, enquanto Dodô esteve no DM e Arana também foi desfalque, seja por lesão ou convocações, coube ao cria jogar pela lateral. Rubens declarou sua preferência por atuar na sua posição de origem, mas reforça o pensamento de ajudar o Atlético, seja no meio ou na lateral:
“Eu gosto da minha posição, que é no meio-campo, é a posição que eu tenho vontade de jogar e seguir minha carreira. Mas, como eu já disse outras vezes, aqui eu estou para poder ajudar. Se precisar jogar de lateral, de meia, eu vou jogar”.
Jogando na lateral canhota, Rubens foi por muito tempo o líder do elenco Atlético em roubadas de bola no Brasileirão, figurando entre os maiores ladrões de bola do campeonato. Com menos minutos em campo após a chegada de Cuca, o meio-campista caiu no ranking, sendo ultrapassado pelo companheiro Jair, mas, no ranking geral do campeonato, mantém médias altas. Atualmente, ocupa a 10ª posição no quesito. Rubens atribuiu à sua velocidade e intensidade a facilidade para efetuar os desarmes, algo que pesa a favor do jovem jogador na disputa com Dodô:
“Eu já tinha isso comigo desde a base, desde quando cheguei (ao Atlético). Sempre fui um jogador intenso e sempre quero estar com a bola e tenho esse potencial para conseguir desarmar. Sou um jogador muito rápido também, então, para fazer as interceptações, facilita um pouco”.
Na última vez que Arana esteve indisponível, quando o lateral sofreu uma lesão muscular na reestreia de Cuca, contra o Internacional, no Beira Rio, Dodô substituiu o camisa 13, enquanto Rubens já havia sido acionado por Cuca para substituir Jair no meio. No jogo seguinte, a partida de ida das quartas de final da Libertadores, contra o Palmeiras, Rubens foi o escolhido para ser o titular.
Se Rubens já acumula 35 jogos na temporada e participou de todos os jogos desta nova ‘Era Cuca’, Dodô fez apenas 5 partidas neste ano, já que perdeu boa parte da temporada por uma lesão no menisco do joelho esquerdo, durante um treinamento, em março. Desde que retornou aos gramados, contra o Inter, Dodô só atuou na derrota contra o Athletico-PR, no dia 7 de agosto, estando há seis partidas sem sair do banco de reservas.