Presidente lamenta falta do Mineirão: “Um clube como o Atlético não pode perder o Mineirão para um show”
Por: Hugo Fralodeo
Por conta de eventos que inviabilizam a utilização do Mineirão para partidas de futebol, o Atlético teve que fazer sua estreia na temporada e ainda fará mais dois jogos da primeira fase do Campeonato Mineiro no Independência, tendo o Mineirão disponível somente no clássico contra o América, no próximo dia 25 de fevereiro, válido pela sétima rodada da competição. Na partida contra o Democrata de Sete Lagoas, o Mineirão estaria disponível, mas o Galo optou por levar o jogo para o Horto.
Também por conta de um show no Gigante da Pampulha, caso passe pelo Carabobo e chegue à terceira fase preliminar da Libertadores, há a possibilidade de o Atlético não poder mandar o jogo de volta – contra Millonarios ou Universidad Católica de Quito -, previsto para a semana do dia 15 de março (quarta-feira), no Estádio.
Isso foi repercutido pelo presidente do Clube, Sérgio Coelho, antes da vitória contra a Caldense, no último sábado (21). Em entrevista ao O Tempo Sports, o mandatário Alvinegro ponderou que o Independência também é uma casa para o Atleticano, mas lamentou não poder utilizar o Mineirão para os jogos, além de criticar a administração do Estádio.
A Massa compareceu em peso no Horto, esgotando em menos de 24 horas a carga de 22.030 ingressos. Segundo Sérgio Coelho, naturalmente, mais Atleticanos poderiam ter acompanhado a estreia do Galo se o jogo fosse no Mineirão:
Aqui é a nossa casa também. Já já, o Atlético terá três casas em Belo Horizonte. Mas esse é um jogo que poderia ser no Mineirão, onde daria mais oportunidade para os torcedores comparecerem”.
O presidente ainda lamenta a falta do Gigante da Pampulha, lembrando a possibilidade de que o eventual jogo pela terceira fase preliminar da Libertadores pode não ser no Estádio, ao afirmar que a prioridade para a utilização da praça deveria ser o esporte:
“Lamentamos, pois o Mineirão, inaugurado em 1965, foi para atender ao futebol brasileiro. Claro que o local pode ter outros eventos, como show artísticos. Achamos que dá para fazer tudo, sim, mas a prioridade tinha que ser o futebol. Um clube como o Atlético, que terá um jogo de Libertadores, não pode perder o Mineirão para um show. Lamentamos essas decisões que são tomadas. No meu ponto de vista, sem fazer nenhuma crítica aos shows artísticos, o esporte precisa ter preferência, não exclusividade”.
De acordo com a Minas Arena, empresa que administra o Estádio, a prioridade é receber partidas de futebol, haja vista que o retorno financeiro é maior. Porém, a empresa explica que o conflito de datas acontece devido ao fato de que os shows com capacidade de interferir na realização de partidas são marcados com antecedência maior em relação aos calendários de jogos, além da falta de um contrato de fidelidade com o clube. Ainda segundo a empresa, na maioria das vezes que há conflito de datas, ocorre o pedido à federação organizadora do campeonato em questão para alterar o dia da partida, solicitação que é atendida na maioria dos casos.
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