Coudet critica diretoria e coloca cargo “na mesa”

Por: Hugo Fralodeo
Luzes estroboscópicas na Cidade do Galo! O grande momento da derrota do Atletico para o Libertad na estreia na fase de grupos da Libertadores foi após o apito final. Em sua entrevista coletiva, Eduardo Coudet atacou e fez cobranças direcionadas ao órgão colegiado que gere o Clube, além de colocar seu cargo “na mesa” da cúpula Alvinegra.
Poupando apenas Rodrigo Caetano, Chacho criticou as mudanças no projeto apresentado na época de sua contratação, reclamou das vendas que o deixaram com um elenco curto e revelou sua chateação fim as promessas que lhe foram feitas pelo órgão colegiado que acabaram não sendo cumpridas:
O copo de cerveja jogado em Chacho
“Gosto dos times grandes, da pressão que elas exigem. Gosto de melhorar constantemente. Meus jogadores estão treinando da melhor forma. Tento fazer com que a equipe melhore e agrade ao torcedor, que nos apoiaram até a morte e nos empurraram. Mas hoje me aconteceu uma coisa que nunca tinha me acontecido: os torcedores atrás do banco me cobrando, sendo que fizemos 15 jogos e ganhamos 10. Nunca pensei que isso fosse acontecer. Também, quando saí meu próprio torcedor me atirou um copo de cerveja. (…) É normal que estejam jogado cerveja no treinador com o time ganhando 10 partidas de 15 e jogando uma final domingo?! Não entendo”.
Últimas vendas de jogadores
“O diretor de futebol me falou do grupo quando foram me buscar. Me prometeram um montão de coisas, tinha um tanto de coisas sobre a mesa. Vim aqui pelo desafio, não pelo dinheiro. Foi porque gostei do clube e pelo desafio importante. E tudo mudou! Ou vocês não sabem que tudo mudou?! Eu aprovei alguma venda?! Ou vocês não souberam que eu disse para não fazerem a última venda?! Não era mais fácil entra o Sasha hoje do que um juvenil que estreou na Libertadores?”
Contrato “na mesa”
“Qual é a situação real?! Esta não é a situação que me prometeram. (…) Se não fosse eu, o diretor e o grupo, estávamos fora da Libertadores no primeiro jogo. Aos investidores: acompanho até a morte meu diretor e meus jogadores, mas meu contrato está em cima da mesa, decidam o que querem! Isto é uma loucura!”
Tentativas de contratações
“Uma coisa é a exigência muito grande, que a equipe deve jogar bem, pode jogar melhor. Mas trabalhei todos os dias. Tentei todos os dias para trazer quatro jogadores de graça, pedindo por favor aos investidores para que trouxesse um volante, porque teríamos só um, tivemos que pedir por favor. Então esta é a realidade que me venderam? Não! Existe um limite. Pensam que não vai haver dificuldade com apenas 20 jogadores quando estamos em três competições? Pensam que não tivemos que poupar jogadores para jogar a final no domingo? O que era mais importante, essa partida ou o título (Mineiro)? (…) Eu tenho um limite”.
Negativa por um centroavante
“Esse é um risco que os investidores disseram que teríamos que correr. Não quiseram trazer um 9. Mas não esclarecem a situação para os demais, e aqui quem põe a cara sou eu. Este não era o panorama que teríamos quando foram me buscar. Eles também têm que falar e dizer qual é a verdade”.
Tentativas falhas de contratações
“Passamos de trazer Felipe do Atletico de Madrid e comprar Gilberto do Benfica a trazer Lemos e Saravia de graça, depois de ligar para os jogadores e pedir por favor para que aprovassem a contratação. Tentamos fazer o possível. Por isso eu digo, o diretor de futebol está comigo todas os dias. Liguei para os jogadores, ele ligou, tentamos que fossem bons e baratos, porque era a possibilidades tínhamos. O projeto mudou”
Cláusula de saída
“A única coisa que pedi, faz 15 dias, foi uma cláusula der saída, porque trocou tudo. A única coisa que eu pedi foi uma cláusula de saída. Sabem o presidente, o diretor e os investidores. Não é o que me prometeram quando foram me buscar. Eu assinei por dois anos, mas o que posso fazer?! (…) Me falaram que teria um investimento em junho. E eu respondi ‘como chegar até junho com 20 jogadores?’ Agora são três competições”.
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Foto: Pedro Souza/Atlético