CEO do Atlético, Bruno Muzzi esclarece busca por créditos de R$ 440 milhões para conclusão da Arena MRV

Por: Hugo Fralodeo
Na tarde desta quinta-feira (1º), o CEO do Atlético e da Arena MRV, Bruno Muzzi, explicou a busca do Atlético no mercado por R$ 440 milhões, para a conclusão das obras da Arena. Em participação no podcast do portal Superesportes, o CEO falou sobre o tema que causou rebuliço na semana do Atleticano e da Atleticana.
Em dezembro passado, o Atlético já havia negociado Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), arrecadando R$ 200 milhões, e agora volta ao mercado para captar os R$ 240 milhões restantes, que serão necessários para concluir a construção de sua nova casa.
Diante do desencontro de informações e para deixar a Massa informada, Muzzi tratou de esclarecer a situação e justificar a necessidade de captar esses recursos:
“Existe um descasamento no tempo de fluxo de caixa entre aquilo que custa, aquilo que você tem a vender e performar. Só que você precisa trazer tudo isso ao encontro do período de obras. Os R$ 410 milhões de custo e os R$ 410 milhões de arrecadação, com o tempo, isso não conversa. Por quê? Porque as cadeiras são vendidas em 72 vezes, os camarotes são vendidos em 22 vezes, os patrocínios são em cinco anos, três anos, a receita do shopping eram três anos. Você precisa fazer essas antecipações. Por isso, a gente precisava fazer uma operação de antecipação disso. E aí você vai ao mercado buscar uma operação de antecipação. A gente fez uma operação no final do ano passado, de R$ 200 milhões, que é uma informação que está no portal de transparência da Arena, auditada pela EY, com os números todos disponíveis.”
Recapitulando, no ano de aprovação (2017), a obra foi orçada em R$ 410 milhões, que seriam pagos com a venda dos naming rights (R$ 60 milhões) e cadeiras cativas (R$ 100 milhões), além dos R$ 250 milhões arrecadados com a primeira negociação com a Multiplan, que comprou 50,1% do Diamond Mall, entretanto, o valor da obra aumentou de lá para cá, sendo estimado em R$ 950 milhões atualmente.
Apesar de justificar a necessidade da operação, o CEO declarou que, por questões burocráticas, não pode comentar sobre essa nova movimentação de busca pelos R$ 240 milhões, noticiada no início da semana, pelo jornalista Rodrigo Capelo:
“Essa operação que o Capelo vazou, que ele recebeu informações, exatamente, especificamente da operação eu não posso comentar pelo período de silêncio imposto pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários)”.