Atlético tratará acústica da Arena como prioridade para garantir o efeito ‘caldeirão da Massa’ com excelência
Por Betinho Marques
28 fev 2024 20h02
Faz seis meses que a Arena MRV foi inaugurada. De lá para cá, após 12 jogos e alguns eventos especiais, como o show do eterno Beatle Paul McCartney, foram testes fundamentais para melhoria contínua do equipamento que vai acontecendo dia a dia.
O orgulho do estádio fez toda a comunidade do entorno ser “pintada” de Galo. Recentemente, um mural pintado por artistas atleticanos, capitaneados por Felipe Arco, às margens da Via Expressa, literalmente, “expressou” e retratou este sentimento que vigora no bairro Califórnia, o de ter Galo em todo lugar.
Porém, nem tudo são flores de perfeição e a engenharia sabe disso. Uma das questões pendentes, que ainda não foram alcançadas na excelência no seio da Massa, é a acústica do estádio. Em função de uma contrapartida acordada com a Prefeitura de BH no licenciamento, o som não pode ultrapassar limites preestabelecidos e o som não pode incomodar a comunidade majoritariamente residencial do entorno. E isso está funcionando.
Mas o maior problema está no ambiente interno. O FalaGalo, há meses procura entender e ouvir os atores e profissionais do processo. Além disso, observou no local a reverberação do som em dias de eventos e obteve alguns retornos importantes. Segundo algumas fontes, a disciplina acústica, apesar de comunicar com a engenharia e arquitetura nas interfaces, é de responsabilidade do profissional específico da área. Pelo apurado pelo FG, a Arena MRV entende que os resultados para a comunidade estão ótimos, mas o efeito caldeirão não foi ainda alcançado e, por isso, ações para otimizar os efeitos do som estão sendo tomadas.
Desta forma, a meta para o ano de 2024, e está em curso, é criar e adicionar elementos que favoreçam a reflexão das ondas, ou seja, a sua reverberação, ou de forma mais vulgar, o “espraiamento” do som da Massa. O entendimento atual é que a manta utilizada está absorvendo além do esperado e não “comunicando” os gritos da torcida de faixas e pontos diferentes do equipamento.
A nova casa do Galo está finalizando as tratativas e deve começar entre março e abril o processo de adequação da questão. No entanto, como prática na engenharia, tudo depende de projetos e os ajustes estão sendo tratados com zelo e prioridade total para dar ao Terreiro do Galo o barulho proporcional ao desejo atleticano de comungar um estádio ruidoso e que impressione quem lá chegar.
“A reflexão do som ocorre da mesma forma que a reflexão da luz. Quando uma onda sonora propaga-se e encontra um obstáculo, como uma parede, incide sobre a barreira e retorna para o meio no qual estava propagando-se. Desse acontecimento, originam-se dois outros, os quais são chamados de eco e reverberação. A reverberação, – efeito desejado para o estádio – acontece quando o som refletido retorna à fonte antes que o som original tenha se extinguido, ou seja, ocorre o reforço do som emitido”.
Continua após publicidade.
Pelo exposto acima, percebe-se a necessidade de criar uma ideia que faça refletir o som, como um uso de um espelho, mantendo o pulsar do estádio se comunicando dentro do ambiente de jogo. E é isso que será feito em linhas gerais.
Bibliografia técnica – mundoeucacao.uol.com.br
–
Siga os canais do Fala Galo: X/Twitter, Instagram, Threads, YouTube, Google Noticias, WhatsApp e Telegram.