Árbitro de campo cita “cuidado” do defensor e cotovelo “pouco aberto” ao não marcar pênalti em Atlético x Ceará

Por: Hugo Fralodeo
Na madrugada de segunda para terça-feira (11), a Comissão de Arbitragem da CBF divulgou o áudio da comunicação entre o árbitro de campo, Flávio Rodrigues de Souza, e a cabine do VAR, liderada por Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral, durante a revisão do pênalti não marcado a favor do Atlético na igualdade com o Ceará, no último domingo (9), no Mineirão, pela 31ª rodada do Brasileirão.
Na primeira chegada mais forte do Atlético, logo aos dois minutos de partida, Nacho carregou para o lado direito e tentou fazer um cruzamento para a área. A bola acabou batendo no cotovelo aberto de Bruno Pacheco, defensor do Ceará, dentro da área. O árbitro de campo, mesmo após recomendação do VAR, entendeu como jogada normal, deixando a Massa, comissão e jogadores na bronca.
Imediatamente, Flávio Rodrigues, o árbitro de campo, afirma que o braço do defensor estava colado e para trás: “Nada. Braço colado, braço colado. Braço pra trás”. Contudo, Rodrigo Guarizo recomenda a revisão e justifica que, mesmo com o braço atrás, ele “bloqueia claramente a passagem da bola”:
“Jogador está com o braço atrás, ok. Segue. Quando ele vai cruzar, abre o braço e deixa o braço duro para ter esse contato com a bola. Ele tá bloqueando claramente a passagem da bola. Recomendo uma revisão de possível penal. Jogador abre o braço, sim, e atinge a bola aumentando seu espaço corporal”. – Rodrigo Guarizo, árbitro de vídeo, ao recomendar a revisão.
Então, Flávio Rodrigues vai ao monitor, revê o lance e escolhe manter sua decisão de não marcar o pênalti, justificando que o defensor não faz um “movimento adicional”, mantém “cuidado o tempo inteiro” e está com o cotovelo apenas “um pouco aberto”:
“Ele não faz movimento adicional. Apesar de o braço dele estar com o cotovelo levemente aberto, ele está o tempo inteiro jogando esse braço para trás. Ele está tomando cuidado o tempo inteiro. Apesar de pegar o cotovelo dele, que está um pouco aberto, ele vira de lado. Ele tá tomando cuidado com o braço. Eu não vejo uma intenção, principalmente pelo espaço que é muito curto e pela velocidade da bola. Ele está com os braços para trás e essa bola pega. Eu vou seguir o jogo”. – Flávio Rodrigues, árbitro de campo, após manter sua decisão de campo.
Após a decisão, mesmo com toda a partida ainda pela frente, o Atlético não conseguiu vazar as redes do Vozão e, empatando a partida, perdeu a chance de entrar no G6 após 11 rodadas na sétima posição da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro.