Pedrinho deixa claro seu desejo de ficar e projeta evolução no Atlético

Por: Hugo Fralodeo
Não é de hoje que o Atlético já negocia com o Shakhtar a extensão do empréstimo de Pedrinho, que tem duração até o meio deste ano. A ideia da diretoria do clube é aumentar o vínculo até o fim da temporada, o que já não é novidade e é tratado publicamente pelo diretor de futebol Rodrigo Caetano, que admite não medir esforços para manter o meia na Cidade do Galo.
Em meio a especulações sobre o interesse de outras equipes do futebol brasileiro em atravessar a negociação entre o Galo e os ucranianos, Pedrinho – que já havia falado sobre sua vontade de ficar no Atlético -, em entrevista coletiva concedida no início da tarde desta segunda-feira (6), reforçou seu desejo, além de falar de seu momento no time e projetar continuar evoluindo seu jogo.
Pedrinho deixa claro sua vontade de permanecer na Cidade do Galo:
“Como eu sempre falei, meu desejo é continuar aqui. Estou tendo a oportunidade de estar atuando. Ano passado não foi um ano bom, tive lesões e aconteceu aquilo na Ucrânia. Meu desejo é ficar e tenho certeza que o clube e meus empresários vão fazer o máximo que puder para poder me manter até o final do ano. Deixo nas mãos deles para eu poder fazer o melhor, estar dentro de campo jogando. Isso é o que eu mais quero. Se Deus quiser, que possa ser aqui no Galo”.
O meia cita a grandeza do Atlético e o bom momento do time para justificar e reforçar seu desejo:
“Quando estamos jogando e desempenhando um bom futebol, a gente acaba tendo um apego muito grande pelo clube. Esse ano está sendo muito bom para mim e para o grupo. A gente tem poucos jogos, mas estamos fazendo jogos bons e ainda não perdemos. Quando o time está bem e confiante, é nosso desejo permanecer, para poder jogar em alto nível. E pela grandeza do Atlético, que eu não preciso falar”.
Se na última temporada Pedrinho teve sua sequência interrompida por uma lesão pouco mais de um mês depois de sua chegada, em 2023 a situação é bem diferente. Titular do time de Chacho Coudet e fazendo bons jogos, Pedrinho faz um paralelo entre seu início no Atlético e o momento atual:
– Com certeza (é um momento diferente). Quando eu cheguei, queria mostrar meu potencial desde o início, mas muitas coisas me atrapalharam. Muito tempo parado sem jogar e as lesões. Agora me sinto bem, preparado para demonstrar minha qualidade a cada jogo. Só tenho a crescer e evoluir. É isso que venho fazendo, venho tentando trabalhar o meu máximo para poder dar muitas alegrias ao Atlético.
“Ano passado, eu cheguei na metade do campeonato e eles já estavam a 100 por hora. Para poder me adaptar a esse ritmo, voltando depois de cinco meses parado, foi complicado. Agora, com a pré-temporada, a parte física, a parte técnica e o posicionamento que o Coudet me colocou, tem me ajudando bastante. É onde eu gosto de jogar, pela meia-direita”.
Completando, Pedrinho se diz confortável no esquema do professor e projeta evoluir e contribuir com o time:
“É um estilo de jogo diferente, mas eu já atuei nessa posição, então me sinto confortável. O Coudet dá total liberdade de chegar e falar com ele. Venho evoluindo a cada jogo, tenho muito a melhorar em alguns quesitos. Como o Coudet fala, a gente nunca chega à nossa performance perfeita, então eu busco evoluir e cada vez mais ajudar a equipe com o máximo de gols e assistências”.
Tendo chegado à Cidade do Galo em julho passado, o meia-atacante teve poucas oportunidades de mostrar seu futebol, já que se lesionou no fim de agosto, pouco mais de um mês depois de fazer sua estreia pelo Atlético. No clássico com o América, ainda no primeiro turno do Brasileirão, quando foi tentar uma finalização, Pedrinho sofreu uma ruptura do tendão na região posterior da coxa direita, apenas seis minutos após ter entrado em campo, sendo desfalque nas 14 partidas restantes do campeonato.
Completamente recuperado, Pedrinho participou normalmente de toda a pré-temporada e esteve em campo em todos os dez jogos do ano, já superando o número de partidas que fez em 2022. Buscando ainda seu primeiro gol com o Manto, o meia acumula 500 minutos em campo – mais que o dobro de 2022 (226) e contribuiu com uma assistência.
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Foto: Pedro Souza/Atlético